quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Nova Ordem Mundial - Crise Econômica Mundial

Conjuntura


Crise americana ultrapassa fronteiras


Há pelo menos um consenso sobre a crise americana. Ontem, quando os mercados mundiais foram devastados pela improvisada operação de salvamento do quinto maior banco de investimento dos Estados Unidos, Bear Stearns, os senhores da economia global dispararam em uma só direção: a turbulência se aprofundou e não se sabe qual será seu alcance.


Ao exigir socorro do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), a transação revelou que a crise é maior do que se pensava. O temor do mercado é que outros grandes bancos, atingidos pela crise das hipotecas, passem pelos mesmos problemas e acabem gerando uma crise em cadeia - sistêmica, no jargão do setor.


Caso se confirme, esse torvelinho não deixará o Brasil de fora. Segundo o diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, as projeções de crescimento para EUA, Europa e economias emergentes serão reduzidas. E economias como a brasileira, a chinesa e a indiana não sairão ilesas.


- Haverá conseqüências para a Europa, bem como para os mercados emergentes, com algum atraso - disse Strauss-Kahn.


O presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, alertou que "nenhum país está imune à crise internacional". Aposta, porém, no crescimento das economias da Índia e da China, apontando que o Brasil pode pegar carona no desempenho desses emergentes e continuar exportando.


Diante do cenário que derrubou as bolsas (leia mais na página 28), o presidente George W. Bush voltou a destacar a gravidade do momento.


- Uma coisa é certa estamos em tempos desafiadores.


O tom contrastava com o de sexta-feira, quando um Bush bem-humorado discursou ao Clube Econômico de Nova York em meio a tiradas de humor, arrancando risos ao dizer que chegava ali numa hora "interessante. Entre as duas falas, uma força-tarefa, liderada pelo Fed, saiu em socorro do Bear Stearns a um custo de US$ 30 bilhões aos cofres federais.


- Obviamente vamos continuar a monitorar a situação e, quando necessário, agir decisivamente, de maneira a continuar a trazer ordem ao mercado financeiro - disse Bush, antes da reunião de ontem.


Na saída, o secretário do Tesouro, Henry Paulson, não descartou uma intervenção no câmbio mundial, onde o dólar enfrenta queda livre diante de várias moedas.


- Temos uma política de dólar forte, isso é do interesse de nosso país. A prioridade é reduzir a instabilidade e o contágio (do mercado financeiro) na economia real - disse, após afirmar que os fundamentos da economia dos EUA a longo prazo são fortes.


Se depender da projeção do ex-presidente do Fed Alan Greenspan, o fundo do poço ainda está por chegar: "a crise deixará muitas vítimas", escreveu ontem no jornal The New York Times, considerando a atual crise a mais grave desde a II Guerra Mundial.


--http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a1798254.xml&template=3898.dwt&edition=9486&section=63


Nota : Será que com a toda a tecnologia disponível nos Estados Unidos para vigilância dentro e fora do país e mecanismos de regulação da economia através dos indicadores econômicos aferidos pelo Federal Reserve é possível acreditar que esta crise pegou a todos de surpresa? Ou será que esta é apenas uma crise fabricada para avançar os mecanismos de implantação do Governo Mundial? Uma coisa é certa, todos os inimigos dos Estados Unidos estão começando a tripudiar sobre os prováveis escombros dessa terrível crise, leiam a notícia a seguir e vejam que já há quem ouse se manifestar abertamente.


Época de domínio econômico dos EUA terminou, afirma Medvedev


fonte: AFP


SÃO PETERSBURGO (AFP) - A época de domínio econômico dos Estados Unidos terminou e o mundo precisa de um novo sistema financeiro "mais justo", afirmou nesta quinta-feira o presidente russo, Dmitri Medvedev, em São Petersburgo.


"O tempo de dominação de uma única economia e uma única moeda se tornou uma coisa do passado de uma vez por todas", afirmou o presidente russo durante um fórum sobre as relações entre Rússia e Alemanha, na presença da chanceler alemã, Angela Merkel.


"Temos que trabalhar juntos para criar um novo sistema econômico-financeiro mais justo, baseado nos princípios da multipolaridade, da supremacia da lei e da consideração dos interesses mútuos", acrescentou Medvedev em alusão à crise financeira que desestabiliza a economia mundial há várias semanas.


"Os últimos acontecimentos confirmam que um só país, inclusive potente, não é capaz de ser uma espécie de 'mega-regulador'", enfatizou, em alusão aos Estados Unidos.


"Precisamos de novos mecanismos de decisão e responsabilidade coletiva", prosseguiu Medvedev, cujas declarações acontecem um dia depois de outras feitas por Vladimir Putin.


Na véspera, a Casa Branca rejeitou as críticas do primeiro-ministro russo Putin, que responsabilizou os Estados Unidos pela atual crise financeira mundial.


"Os mercados financeiros americanos contribuíram em grande parte, não apenas para o crescimento local, como também para o crescimento mundial nos últimos 15 anos, e descartar o que a indústria consegui por causa dessa crise, acho, é um pouco injusto", afirmou o porta-voz Tony Fratto.


"Enfrentamos este problema, um problema muito complicado e de longo alcance, da maneira mais agressiva possível. Não acho que há dúvidas a respeito", acrescentou.


A "irresponsabilidade" do sistema financeiro americano é o culpado pela crise econômica mundial, afirmou Putin, citado por agências de notícias russas.


"Tudo que aconteceu até agora na esfera econômica e financeira começou nos Estados Unidos. Isso não é responsabilidade de indivíduos específicos, mas é a irresponsabilidade do sistema, que carece de liderança". --http://afp.google.com/article/ALeqM5je8dnE4TnZuMy-ag4zFY5ALoNTkg


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