quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Talvez a religião seja a resposta, afirma cientista ateu.

Talvez a religião seja a resposta, afirma cientista ateu.

O mundo pode ter de recorrer a Deus para salvar-se das alterações climáticas, afirma um dos mais proeminentes cientistas britânicos.

Por Richard Alleyne, correspondente de ciência
Publicado em 07 de setembro de 2009

Lord May, o presidente da Associação Britânica de Ciência, disse que a religião talvez tenha ajudado a proteger a sociedade humana de si mesma no passado e ela pode ser necessária novamente.

Falando na véspera da conferência anual da associação, o ateu engajado disse que estava preocupado porque o mundo estava em uma "trajetória calamitosa" levado pela sua falha em coordenar as medidas contra o aquecimento global.

Ele disse que nenhum país está preparado para assumir a liderança e um "castigador" era necessário para ter certeza de que as regras de coordenação não seriam quebradas.

O ex-conselheiro chefe científico do governo disse que no passado esse era Deus e poderia ser novamente a hora para a religião preencher a lacuna.

"Talvez a religião seja necessária," disse Lord May, que foi levado a uma igreja presbiteriana escocesa, mas foi através de uma "epifania inversa" com a idade de 11 anos.

"Um castigador sobrenatural pode ser parte da solução".

Ele disse que no passado a crença em um deus, ou deuses, que pune os injustos pode ter sido parte do mecanismo de evolução que mantém a cooperação em um mundo cão.

Tendo um deus como punidor supremo era possivelmente um passo lógico para uma sociedade tomar, ele acrescentou.

“Dado que punição é um mecanismo útil, quanto mais efetivo seria se você investisse esse poder não em um indivíduo que você não gosta, mas em um-que-tudo-vê, uma deidade todo-poderosa que controla o mundo,” ele disse.

"Isso faz a sociedade rígida, doutrinária, mas isso favorece a coordenação."

Tal sistema seria "imensamente estabilizador para as culturas humanas" e para as sociedades, ele salientou.

Lord May, um zoólogo da Universidade de Oxford, tem sido um crítico feroz da falha mundial no combate ao aquecimento global.

Em 2005, ele atacou o Presidente Bush de agir como um Nero dos tempos modernos que toca o violino enquanto o mundo queima por causa do aquecimento global.

Alguns dias depois ele desaprovou o relatório ambiental do governo britânico, rotulando algumas de suas políticas como "covardes" e dizendo que era preciso fazer "muito mais".

Lord May, que era o cientista chefe entre 1995 e 2000, também equiparou o aquecimento global aos efeitos destrutivos das armas de destruição em massa.

Mas seus comentários mais recentes sugerem uma exasperação ainda maior com a pressa nas conversações sobre mudanças climáticas em Copenhague em dezembro.

Ele disse que enquanto a religião pode ser uma possível solução, ela permanecia, no momento, muito mais como parte do problema enquanto se balançava cada vez mais em direção ao fundamentalismo.

Em tempos menos problemáticos as religiões tinham se tornado mais maleáveis e menos dogmáticas, e abraçaram um conjunto de valores mais humano, ele disse.

Mas agora este padrão está revertendo com a ascensão do fundamentalismo islâmico e das crenças cristãs.

Ao mesmo tempo, a raça humana está enfrentando tremendos desafios com o aumento da população, escassez de energia e de alimentos, e o espectro das mudanças climáticas surgindo no horizonte.

"Sob tensão você reduz as doutrinas complexas para simples mantras," disse Lord May.

"Eu diria que os Estados Unidos são o pior exemplo. A igreja católica sob o presente papa é outro exemplo horroroso, por exemplo, com sua declaração de que pessoas com HIV não deveriam usar preservativo. Eu acho que isso é uma reação a tempos difíceis.

A religião autoritária minou diretamente as tentativas de alcançar uma cooperação global sobre o aquecimento global, ele continuou.

"Pessoas que acreditam no fim dos dias, que acreditam que o mundo vai chegar ao fim, não se importam com mudanças climáticas," ele disse. "Eu acho que há uma conexão bastante forte entre a direita religiosa e a negação das mudanças climáticas."

Perguntado se os lideres religiosos deveriam estar fazendo mais para persuadir as pessoas a combater as mudanças climáticas, ele respondeu: "Com certeza".

Fonte: http://www.telegraph.co.uk

tradução e comentários: O observador

Nota: O título do artigo induz a pensar que este cientista ateu está reconhecendo a existência de Deus, puro engano, o deus a que ele se refere não é o Deus verdadeiro revelado na Bíblia, mas é uma criação da mente humana, um deus mitológico.

Pelas suas declarações deduzimos que ele pensa que Deus é uma criação da religião à medida que as sociedades evoluíram.

Na verdade para ele tanto faz se é um deus, ou deuses, o importante é que seja um ser sobrenatural a quem possa ser dada a tarefa de punir os injustos.

O interessante é que em um momento em que a ciência trabalha arduamente para expulsar Deus, justamente um cientista ateu tenha sacado essa alternativa como possível solução para o problema do aquecimento global. Só por isso o sinal de alerta já começa a emitir uma forte luz vermelha.

Para quem está inteirado dos planos da Nova Ordem Mundial para a criação de um Governo Mundial não constitui novidade o uso do aquecimento global causado pelas mudanças climáticas como política estratégica para unir todas as nações debaixo da autoridade da Organização das Nações Unidas (ONU).

Mas o que isso tem a ver com a religião?

O próprio Lord May nos deixa entrever qual é a conexão entre mudanças climáticas e religião.

Podemos observar que ele é um ambientalista radical. Ele ataca ferozmente o relatório ambiental do Governo Britânico e depois de forma pouco lisonjeira ele ataca o ex-presidente Bush e os Estados Unidos pela pouca importância dada ao tema durante sua administração.

Ele dá um tom catastrofista e apocalíptico ao tema aquecimento global e seus efeitos comparando-os aos efeitos destrutivos das armas de destruição em massa.

E mais ainda com o tom alarmista com que ele aborda o aumento populacional, a escassez de recursos energéticos e alimentares, chamando-os de grandes desafios.

A religião que o tal Lord quer é uma religião com deus totalitário que possa punir todos que não cooperarem com os esforços determinados pela ONU para combater as mudanças climáticas.

E é exatamente aí que está o grande engano dessa abordagem. A religião do Lord May não é a religião cristã que moldou o mundo ocidental e que tem suas doutrinas definadas nas Sagradas Escrituras. Ele quer uma religião ecumênica, maleável, menos dogmática, ou seja, uma religião influenciável.

Que tenha um deus, ou deuses, tento faz, a quem a sociedade concordasse em dar o poder de castigar os transgressores da lei sagrada de combater o aquecimento global.

O ataque as religiões tradicionais como o islamismo e o cristianismo, tanto protestante quanto católico romano, são apenas aparentes.

Primeiro ele iguala o fundamentalismo islâmico e o fundamentalismo cristão, dando a idéia de radicalismo, para em seguida dizer que a religião autoritária (fundamentalista) minou as tentativas de alcançar a cooperação para combater o aquecimento global.

Em seguida vira suas baterias para a igreja católica e segundo ele “seu exemplo horroroso”. Mas nesse caso as críticas não são relativas ao meio ambiente, mas ao controle populacional.

Olhando com mais atenção vemos que o verdadeiro alvo dele é o cristianismo fundamentalista, pois é o único que oferece uma resistência firme ao avanço dos planos globalistas da ONU.

A igreja católica, apesar das freqüentes críticas que recebe, também trabalha para formação do Governo Mundial, a mais recente encíclica papal pede uma autoridade mundial coercitiva.

Os fundamentalistas islâmicos serão facilmente acalmados se um acordo com o Israel for alcançado, por isso tanto empenho em formalizar um acordo para a formação de um estado palestino.

As mudanças climáticas e o aquecimento global servem de chamariz para forçar a cooperação das nações debaixo da autoridade da ONU, e a religião está sendo chamada a participar; no final haverá um Governo Mundial e uma Religião Mundial e para os rebeldes haverá um “castigador”.




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