segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Controle populacional como chave para o acordo de Copenhague

Controle da população chamado chave para acordo.

Por Li Xing (China Daily)
Atualizado em 10/12/2009

Copenhague: População e mudança climática estão entrelaçadas, mas a questão populacional tem permanecido um ponto morto quando os países discutem maneiras de mitigar a mudança climática e refrear o aquecimento global, de acordo com Zhao Baige, vice-ministro da Comissão de Planejamento Familiar e População Nacional da China (NPFPC, em inglês).

"Lidar com o aquecimento global não é simplesmente uma questão de redução de emissão de CO2, mas um desafio abrangente envolvendo a questão política, economia, social, cultural e ecológica, e a preocupação populacional se enquadra neste quadro," disse Zhao, que é um membro da delegação do governo chinês.

Muitos estudos ligam o crescimento populacional com as emissões e o efeito do aquecimento global.

"Cálculos da contribuição do crescimento da população para o crescimento das emissões globalmente produzem uma descoberta consistente de que a maior parte do crescimento populacional passado foi responsável por entre 40 e 60 por cento do crescimento das emissões," assim afirmado pelo Estado da População Mundial de 2009, liberado antes pelo Fundo Populacional da ONU.

Embora a política de planejamento familiar da China tenha recebido críticas nas três décadas passadas, Zhao disse que o programa populacional da China tem feito uma contribuição histórica enorme para o bem estar da sociedade.

Como resultado da política de planejamento familiar, a China tem visto 400 milhões de nascimentos a menos, que tem resultado em 18 milhões de toneladas de emissões de CO2 a menos por ano, disse Zhao.

O relatório da ONU projetava que a população global ficaria em 8 bilhões pelo ano de 2050 invés de um pouco mais de 9 bilhões de acordo com um cenário de crescimento médio, "poderia resultar em 1 a 2 bilhões de toneladas de emissões de CO2 a menos".

Enquanto isso, ela disse que estudos também têm mostrado que programas de planejamento familiar são mais eficientes em ajudar a cortar emissões, citando pesquisa de Thomas Wire da London School of Economics que afirma: "Cada $7 gasto planejamento familiar básico reduziria as emissões de CO2 em mais de uma tonelada" enquanto custaria $13 para redução de corte de árvores, $24 para usar tecnologia eólica, $51 para energia solar, $93 para introdução de carros híbridos e $131 para veículos elétricos.

Ela admitiu que o programa populacional da China não é sem consequências, assim o país está entrando rapidamente em um estágio de envelhecimento da sociedade e encarando o problema de desequilíbrio de gênero.

"Eu não estou dizendo que o que temos feito é 100 por cento, mas estou certa que estamos indo na direção certa e até agora 1,3 bilhões de pessoas têm se beneficiado," ela disse.

Ela disse que cerca de 85 por cento das mulheres chinesas em idade reprodutiva usam contraceptivos, a taxa mais alta do mundo. Isso foi alcançado amplamente através da educação e melhoramento da vida das pessoas, ela disse.

A abordagem holística que integra a política da população e desenvolvimento, uma estratégia d promoção do desenvolvimento sustentável da população, recursos e meio ambiente deveriam servir como modelo para programas de integração da população na estrutura da adaptação da mudança climática, ela disse.

Fonte: China Daily

Nota: Parece que o controle populacional dos países em desenvolvimento é um dos objetivos principais das políticas para redução do aquecimento global

Observamos no artigo essa ênfase sobre políticas populacionais, e mesmo reconhecendo os prejuízos que tal política tem trazido para a China, como o envelhecimento da população pela falta de jovens para repor a população e a falta de mulheres, uma vez que a preferência dos casais é por filhos homens, que em muitos casos não conseguirão esposas para constituir família.

Mesmo assim eles acham que tal política é um sucesso e estão querendo globalizar tal experimento de engenharia social, tendo como grande aliado o aquecimento global e usando a educação para doutrinar, ou fazer lavagem cerebral nas gerações mais jovens do mundo em desenvolvimento.

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