segunda-feira, 23 de agosto de 2010

A próxima grande preocupação de privacidade: "Chips espiões" RFID

Cover of "RFID: Radio Frequency Identific...Cover via AmazonA próxima grande preocupação de privacidade: "Chips espiões" RFID

RFID, estamos mais próximos da vigilância do berço-a-sepultura do que a maioria das pessoas compreende.

Por Ms. Smith

Etiqueta de identificação de rádio frequência (RFID) é uma maneira conveniente de rastrear itens e cortar custos das companhias. Mas essa tecnologia está cada vez mais sendo usada para rastrear outras coisas, como crachás de segurança - ou mesmo pessoas - dando a ela o potencial de causar uma terrível erosão da privacidade. Rastrear pessoas com etiquetas inteligentes, suas preferências de compras, suas atividades e seus pertences pessoais soa como algo de thriller de ficção científica. Mas se você conseguiu suas roupas de baixo com etiquetas inteligentes via RFID da Wal-Mart, então você indubitavelmente estará preocupada de quão perto estamos da vigilância do berço-a-sepultura.

As etiquetas RFID atingiram um ponto de inflexão com o anúncio da Wal-Mart de que, começando no próximo mês, a varejista colocará "etiquetas inteligentes" removíveis nas mercadorias dos consumidores. As etiquetas RFID podem ser lidas por escâneres manuais para rastrear os níveis do estoque e manter o olho na prevenção de perdas. Quedas recentes no custo por etiqueta RFID encorajaram a adoção dessa tecnologia. Com Wal-Mart publicamente abraçando o RFID, você verá outros varejistas rapidamente entrar na linha.

A revolução RFID: em imagens

Se seu lixo estiver cheio com etiquetas RFID, seu lixo poderá ser explorado por Cybercriminosos (guiando-se por leitores de RFID). Talvez os consumidores devessem ser advertidos a jogar fora a etiqueta ofensiva antes de deixar o estacionamento do Wal-Mart? Eu estou honestamente menos preocupada que Cybercriminosos estarão catalogando as compras de um indivíduo através de seu lixo do que estou sobre o RFID se tornar "chip espião" - usando a tecnologia RFID para rastrear o paradeiro dos cidadãos que não têm ideia que estão sendo rastreados. Chips RFID já estão embutidos em passaportes e outros itens diários. Estes chips espiões potenciais dizimadores de privacidade podem ser do tamanho de uma partícula de poeira.

Eu não estou me queixando contra todos os usos criativos para o rastreamento RFID. Há usos para ele que não se destinam a violações de sua privacidade (embora em mãos erradas, quem sabe?). Um projeto chamado "RemeberMe" começou no início desse ano como uma maneira de gravar memórias pelo rastreamento de roupas e outros objetos etiquetando-os com RFID e códigos QR (Quick Response). Quando os donos dos objetos os doam para uma loja, um assistente de pesquisa grava histórias curtas sobre os objetos doados em um microfone: onde eles adquiriram o objeto, as memórias ligadas a eles e algumas histórias associadas. Qualquer um que participa se voluntaria a fazer assim – dessa forma a privacidade de ninguém é violada nesse caso.

Alimentos são rastreados com RFID por causa do frescor e alguma possibilidade de contaminação. Uma companhia surgiu com a caneca de café mais inteligente do mundo que tinha embutido um RFID para guardar informação da conta do dono, hábitos de compras e preferências. Talvez seu negócio tenha se utilizado de rastreamento RFID com produtos tais como o Biz Talk RFID móvel da Microsoft. Muitas companhias agora usam o rastreamento RFID, seja nos crachás dos empregados ou para rastreamento de produtos.

Quando se trata de usar RFID para rastrear humanos e nossos paradeiros, é quando fico enfurecida. Não que isso seja novidade também. Em 2007, depois que jornais relataram sobre um programa controverso projetado para compilar grandes dossiês de dados sobre quase todos os americanos, o website para Total Consciência da Informação foi derrubado. As pessoas naturalmente estranharam a invasão de privacidade.

Mas a ideia está longe de estar morta. Que tal se os governos começassem a usar RFID para emitir multas automáticas de violações? Como parte de um projeto chamado ASSET-Road, o Centro de Pesquisas Técnicas VTT na Finlândia, desenvolveu rastreamento RFID de placas de licenciamento. O projeto começou em 2008 e encerrará em junho de 2011. VTT tenta detectar congestionamento de trânsito, mas também alcançou a meta de "detectar violações de trânsito em um flash". E então o vendedor de câmera Americano de Soluções de Trânsito (ATS) baseado no Arizona, se expandiu com essa tecnologia RFID desenvolvendo bilhetes automáticos de aproximação como uma característica que breve poderá ser adicionada aos programas existentes de câmeras de velocidade. Agora acrescente isso a esse pedaço de informação: Há também carteiras de motorista que "vêm equipadas com etiquetas de identificação de radiofreqüência (RFID) que podem ser lidas através de uma maleta, bolso ou bolsa até a distância de 9 metros."

Em termos semelhantes uma companhia está utilizando RFID para rastrear os empregados. Uma companhia indiana, a Unity Infoprojects, usa etiquetas RFID para não perder de vista os assim chamados "funcionários fantasmas". O único jeito de o empregado ser pago é pela combinação da evidência do RFID e da presença física para recolher o pagamento das diárias.

E há aqueles levando essa ideia de rastrear pessoas um passo adiante. Os transponders RFID podem ser embutidos como implantes subcutâneos, semelhantes a um microchip. Microchips para rastrear nossos queridos animais de estimação são agora comuns. A Microsoft tem um Cofre da Saúde e a Google tem o Google Saúde para serviços de administração de registro de e-health e ambas estão promovendo braceletes médicos com RFID. Entre 2007 e 2009, RFID na forma de implantes Verichip foram dados a centenas de pacientes de Alzheimer para ajudar a identificá-los e notificar os profissionais de saúde no caso de uma emergência. Desde 2008, sistemas de proteção de crianças têm sido colocados em algumas crianças no nascimento para evitar que elas sejam subtraídas do hospital ou de serem dadas a mãe errada. Um novo produto RFID, "garante que o RFID seguirá você até o seu túmulo." A tabuleta de pedra do tamanho de um palmo tem uma etiqueta RFID que conversa com celulares para direcionar os usuários para um arquivo memorial da internet. E tais usos para o RFID são apenas a ponta do iceberg. Coisa Mágica, uma companhia que constroi leitores embutidos de RFID, recentemente lançou os 100 usos do RFID.

Em si mesmos, a maioria desses são "usos válidos" da tecnologia RFID. Com efeito, chips RFID são frequentemente uma tecnologia adotada devido ao bem que eles poderão fazer para a prevenção de perdas. Então novamente, a tecnologia RFID pode ser a causa de vulnerabilidades de segurança. Por exemplo, crachás de segurança com RFID podem transmitir para criminosos onde estes crachás podem ser localizados. Em um artigo sobre as identidades militares roubadas de Fort Gordon, com RFID embutidos, a Atividade de Campo de Contra-Inteligência do Pentágono liberou um relatório afirmando, "A simples posse de um cartão roubado poderia, de fato, representar um risco de segurança." 

O ex-funcionário da NSA James Atkinson, ainda imerso no mundo da inteligência e contra-inteligência, disse que o seu negócio e clientes governamentais, "frequentemente falham em reconhecer buracos na segurança que para ele parecem suficientemente grandes para dirigir um tanque através deles." Em relação ao desaparecimento dos crachás militares habilitados, Atkinson afirmou, "se um espião chegar a 91 metros de onde um material confidencial é manuseado, ele o possui. Quero dizer, ele tirou a sorte grande."

Na conferência hacker HOPE desse ano, os hackers mostraram o bem e o mal que acontece quando uma pessoa está ligada a um crachá RFID. "Esse crachá sabe para quais palestras você vai. Sabe com quem você fala. Sabe quais lugares na conferência você vai. Sabe quando você esteve lá," diz Rob Zinkov, da equipe de crachá da HOPE. Se você usa esses dados para melhorar sua própria experiência na conferência, RFID é bom. Se outro alguém usa esses dados, sem você saber, não é bom.

Rastreamento RFID de extremo-alcance (centenas de metros) será explorado e usado durante o DEFCON. Este ano também o crachá DEFCON foi descrito como "um sistema eletrônico ativo de pleno direito. Impulsionando as técnicas de fabricação até o limite e usando alguns componentes que são tão novos que quase não existem, o desenho do crachá deste ano levou a alguns riscos sérios.” Na DEFCON dos últimos anos, alguns hackers foram capazes de roubar temporariamente a identidade de outros hackers e de federais. De acordo com o Threat Level, quando um "leitor de RFID pegava um chip RFID em sua mira - embutido no cartão de acesso de uma companhia ou de uma agência do governo, por exemplo - ele pegava os dados do cartão, e a câmera tirava uma foto do proprietário do cartão."

Dispositivos de localização são suficientemente assustadores, baseados em GPS com a vasta gama que eles oferecem. Mas na maior parte você ainda tem que se inscrever para aqueles. RFID está sendo implantado ao seu redor. Tem estado se movendo vagarosamente para o objetivo final. Pode rastrear de crianças a cidadãos idosos com Alzheimer. No meio tempo ele pode rastrear suas roupas, suas compras, seu carro - até mesmo você. RFID está a ponto de rastrear todos nós, do berço a sepultura.

Fonte: www.networkworld.com   

Nota: uma notícia recente sobre o uso de identidades com microchip diz o seguinte:

Alemanha terá identidade com RFID

Cauã Taborda, de INFO Online

SÃO PAULO - O governo alemão contratou a fabricante de semicondutores NXP para fornecer chips para a nova cédula de identidade, que entra em vigor em novembro deste ano.

As novas identidades com RFID (identificação por rádio frequência), contendo o chip SmartMX, irá oferecer serviços de governo eletrônico (e-Government) e comércio além de proteção extra contra falsificação e roubo de identidade. De acordo com a NXP, mais de 150 empresas estão se preparando para oferecer serviços como banco online, compras, check-in de passageiros aéreos, declaração de impostos e registro de veículos.

A nova cédula alemã pode ser utilizada como passaporte na união européia e em países como Egito, Marrocos e Tunísia.

No Brasil, o Registro de Identificação Civil (RIC), que vai substituir o RG, ainda não possui uma data oficial de lançamento. Previsto por lei desde 1997, com tecnologia de 35 milhões de reais e chip que promete conter todas as informações necessárias do cidadão, o novo RIC deve chegar até o final do ano.

Fonte: www.info.abril.com.br

Em breve o Brasil também terá a sua, como está escrito acima. E isso é só o começo. 

                                                 


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