quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Tecnologia pré-crime vai ser usada em Washington D.C.

Cover of "Minority Report [Blu-ray]"Cover of Minority Report [Blu-ray]Tecnologia pré-crime vai ser usada em Washington D.C.

Computadores adivinham qual crime será cometido, onde, por quem e quando.

Por Steven Watson

Infowars.net

As agências de aplicação da lei em Washington D.C. começaram a usar o que eles dizem pode prever quando crimes serão cometidos e quem os cometerá, antes que eles realmente aconteçam.

O software pré-crime como o de Minority Report foi desenvolvido por Richard Berk, um professor da Universidade da Pensilvânia.

Encarnações anteriores do software já sendo usadas em Baltimore e Philadelphia estavam limitadas a previsões de assassinatos por e entre criminosos e infratores em liberdade condicional.

De acordo com uma reportagem da ABC News, contudo, a versão mais recente a ser implantada em Washington D.C., pode prever outros crimes futuros também.

"Quando uma pessoa sai em período de teste ou em condicional elas são supervisionadas por um funcionário. A questão que o funcionário tem de responder é 'qual nível de supervisão que você precisa? '" Berk disse a ABC News, declarando que o programa poderá ter importância na extensão das sentenças e/ou quantia das fianças.

A tecnologia peneira milhares de bancos de dados de crimes e usa algoritmos e diferentes variáveis, tais como localização geográfica, registros criminais e idades de infratores anteriores, para apresentar previsões de onde, quando e como um crime poderá possivelmente ser cometido e por quem.

O programa opera sem nenhuma evidência direta de que um crime será cometido, ele simplesmente toma um conjunto de dados e calcula as possibilidades.

"As pessoas supõem que se alguém assassinou então ela matará no futuro," Berk também declara, "Mas o que realmente importa é o que aquela pessoa fez como um indivíduo jovem. Se eles cometeram roubo armado com a idade de 14 anos isso é um grande indicador. Se elas cometeram o mesmo crime com a idade de 30 anos, isso não prediz muito."

Críticos instaram que o programa encoraja a categorização dos indivíduos em uma escala de risco através de matemática computacional, em vez da vida real, e que monitorar essas pessoas baseado em tal premissa é antiético para um sistema de justiça fundado sobre uma premissa de presunção de inocência.

Outros departamentos de polícia e agências da lei pelo país começaram a investigar e usar tecnologias preditivas semelhantes. O departamento de polícia de Memphis, por exemplo, usa um programa chamado Operation Blue CRUSH, que utiliza análise preditiva desenvolvido pela IBM.

Outras formas de tecnologia pré-crime em uso ou sob desenvolvimento inclui câmeras de vigilância que podem prever quando um crime está a ponto de ocorrer e alerta a polícia, e até escâneres neurológicos do cérebro que podem ler as intenções das pessoas antes de elas agirem, detectando assim se a pessoa tem ou não "intenção hostil".

Não está muito longe de imaginar todas essas formas de tecnologia sendo usadas juntas no futuro pelos organismos responsáveis pelo cumprimento da lei.

O governo britânico anteriormente já debateu a introdução de leis pré-crime em nome da luta contra o terrorismo. A ideia era que suspeitos seriam postos em julgamento usando a inteligência do MI5 ou MI6 de um esperado ataque terrorista. Isso seria suficiente para condenar se descoberto ser verdade "no balanço das probabilidades", ao invés de "além de qualquer dúvida razoável".   

O governo até tem planos para coletar registros vitalícios de todos os residentes a começar da idade de 5 anos, a fim de verificar aqueles mais prováveis de cometer crimes no futuro.

Uma outra possibilidade perturbadora para tal tecnologia vem na forma de aliança financeira do tipo entre o gigante do mecanismo de busca da internet Google e o braço de investimento da CIA e da rede mais ampla de inteligência dos Estados Unidos.

O Google e a In-Q-Tel recentemente injetaram uma soma de cerca de $10 milhões cada em uma companhia chamada Recorded Future (Futuro Gravado), que usa análise para procurar em contas do Twitter, blog e websites por qualquer tipo de informação, que é usada para "montar dossiês reais em tempo real sobre as pessoas".

A companhia descreve sua análise como "a mais recente ferramenta open-source para a inteligência" e diz que ela também pode "prever o futuro".

A Recorded Future toma uma vasta quantidade de informação pessoal como mudanças de empregos, educação pessoal e relações familiares. Material promocional também mostra categorias cobrindo quase tudo o mais, incluindo diversão, música e lançamentos de filmes, bem como outras coisas inócuas como pedidos de patentes e recall de produtos.

Aqueles desligados de qualquer tipo de realidade moral dirão "se você não tem nada para esconder então qual é o problema com ser examinado pelo pré-crime? Se isso nos mantém todos a salvo de assassinos, estupradores e terroristas, eu estou de acordo".

Até que distância de um literal estado policial big brother deslizaremos até que as pessoas acordem para o fato?

Steve Watson é o escritor e editor do Infowars.net do Alex Jones baseado em Londres, e um colaborador regular do Prisonplanet.com. 




 


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