terça-feira, 29 de outubro de 2013

A Guerra Pelo Controle Total: Planejando a Sociedade de Vigilância Máxima do "Grande Irmão"


Autor: Adrian Salbuchi



É um velho clichê dizer que a tecnologia em si mesma não é boa nem má, mas que tudo depende de como ela é utilizada. No caso das tecnologias da informação e das comunicações, e da criança-problema delas, agora fora de controle, a Internet, que tanto revolucionou o mundo, parece que estamos hoje em uma encruzilhada crítica, onde tudo parece depender de qual caminho a humanidade finalmente decidirá seguir.
Como uma aguda espada de dois fios, a Internet e as tecnologias em rápida evolução em volta dela, estão destinadas a trazerem uma nova era de iluminação intelectual, cultural e espiritual, bem-estar material e verdadeira cooperação entre as nações dispostas a resolverem os problemas globais comuns; ou podemos estar na iminência de cairmos em um abismo de absoluto controle totalitário, violência intelectual, física e espiritual, e escravidão em massa em uma escala sem precedentes.
Como solucionar este dilema? Devemos certamente iniciar compreendendo três questões fundamentais: quem realmente controla essas tecnologias, quais são seus objetivos de médio e longo prazo e por que elas estão sendo usadas como modo como estão...

O Homem Invisível

Um dos maiores perigos que enfrentamos hoje é a dificuldade em identificar e distinguir apropriadamente o amigo do inimigo: é cada vez mais difícil compreender quem — ou o que — é o inimigo ou adversário, o que significa que a vulnerabilidade-chave da sociedade deriva de sua incapacidade de identificar adequadamente os riscos, perigos e ameaças. Se você não consegue ver um perigo se aproximando, ele o atingirá de surpresa, como o sentinela no Titanic aprendeu de forma tão dolorosa naquela fatídica noite de abril de 1912.
Um fator vital para a sobrevivência e prosperidade dos indivíduos, famílias, comunidades, organizações — e até nações inteiras — está em identificar corretamente os amigos e inimigos (ou pelo menos os adversários). Sempre há um "inimigo" que quer tomar aquilo que possuímos, ou quer nos colocar a seu serviço, ou pode ter uma infinidade de razões para querer de algum modo nos enfraquecer ou se livrar de nós, principalmente porque quer tomar de graça aquilo que é nosso. Alguns dirão que esta é a natureza humana básica; outros dirão que é o imperativo darwiniano da sobrevivência dos mais aptos; ainda outros reclamarão que é o egotismo criminoso do ser humano. Seja lá qual for sua visão, a verdade é que de um modo ou de outro, todos vivemos imersos no "modo de autoproteção, ou de autodefesa", que tem início a cada manhã, quando fechamos e travamos a porta de casa e saimos para a rua.

O que quero dizer é que a autoproteção ou autodefesa é fácil quando você pode identificar e compreender claramente seu inimigo: sejam ladrões nas ruas, ou potências estrangeiras interessadas em nos subjugar ou colonizar. Aqui está uma fraqueza das línguas europeias modernas, pois usamos a palavra "inimigo" com uma abrangência muito grande. Na verdade, faríamos bem em atentar para as recomendações do jurista alemão Carl Schmitt (1888-1985) que, como os antigos romanos, diferenciava entre Inimicus (isto é, seu próprio inimigo pessoal, que você pode odiar por ter feito alguma coisa má contra você, mas que é seu próprio assunto ou problema pessoal) e Hostis (isto é, um inimigo público da comunidade e do Estado, a quem você não necessariamente odeia, mas que representa uma ameaça para todos, de modo que precisa ser combatido.).
Por exemplo, duzentos anos atrás, foi fácil para as treze colônias originais da América do Norte identificarem como Hostis a coroa britânica em Londres, ou para os Vice-Reinados sul-americanos identificarem como Hostis a corte espanhola em Madri. Um inimigo comum, visível e provável torna o planejamento estratégico muito mais simples, pois sabemos quem ele é, o que quer e como atinge seus objetivos.
Entretanto, o desafio dos tempos atuais é muito maior, pois Hostis — o inimigo comum — não é mais fácil de identificar. Não podemos mais dizer simplesmente: "São os britânicos em Londres", ou "são os vermelhos", ou "são os nazistas", ou "são os japoneses". Hoje, os Hostis da humanidade se tornaram complexos demais, frequentemente sutis, o que dificulta a simples identificação por nacionalidade, credo religioso, etnia, geografia, língua ou qualquer outra característica fácil de distinguir. Os Hostis de hoje estão por toda a parte e em lugar algum, o que requer que refinemos nossa pesquisa, identificando-os mais pelos seus sinais identificadores, pegadas, seu DNA por assim dizer, do que notando-os diretamente.
Os líderes nacionais não podem mais reunir o suporte das massas populares para "lutar contra os soviéticos, ou contra os alemães, ou contra os japoneses". Uma década atrás, eles tiveram de recorrer às abstrações mais fracas como a "guerra de Bush contra o terrorismo", o que é sem sentido até que você realmente defina o que é "terrorismo". [1].
O que temos hoje é basicamente um inimigo público invisível que é muito difícil de identificar especificamente, porém os efeitos de suas ações são cada vez mais sentidos por todos. Talvez "Elite do Poder Global" seja o termo mais adequado para descrever esse inimigo global real, cujos interesses e objetivos planetários, em sua maior parte, são contrários aos interesses comuns de "Nós, o Povo" de cada país. Todavia, isto também ainda é bastante abstrato e inexpressivo.
Apesar disto, e como todos os "homens invisíveis", embora não consigamos "ver" o inimigo, podemos certamente sentir os efeitos de suas ações, e podemos, portanto, aprender a rastrear seus passos, inferir onde ele está agora, para aonde está se dirigindo e o que planeja fazer.

Nesta guerra mundial, todos os cidadãos conscientes precisam se tornar como caçadores. Lutar contra a Elite do Poder Global é muito parecido como rastrear um tigre selvagem e perigoso na floresta... Um caçador astuto e experiente não precisa na verdade ver o tigre para saber que ele está por perto; se o caçador souber como identificar e compreender determinadas marcas específicas e indicadoras do tigre, como alguns arbustos amassados nas laterais de uma trilha na floresta, um roedor morto, excrementos, marcas das garras no chão úmido, um determinado odor, ou um rugido ecoando ao longe...
Uma tarefa similar está diante de nós. Se quisermos nos tornar livres e independentes, precisamos aprender e compreender quem é o inimigo, onde ele está e quais são suas armas de guerra. Podemos certamente dizer que a pesquisa, o desenvolvimento e o controle tecnológicos são alguns de seus armamentos. Se compreendermos o inimigo, não deve ser difícil compreender o que ele fará com a tecnologia que tão "generosamente" deu à humanidade.

Colocando Sobre Si Mesmo as Correntes da Escravidão

Cerca de cem anos atrás, o líder revolucionário bolchevista Vladimir Lenin disse que os capitalistas um dia venderiam aos comunistas as cordas com as quais estes os enforcariam. Bem, não foi exatamente o que aconteceu; ao contrário, os próprios comunistas se enforcaram com as "cordas invisíveis" do capitalismo, fascinados como ficaram no fim do mundo bipolar, com o consumismo em massa do Ocidente. Uma fotografia eloquente disto, tirada imediatamente após a Queda do Muro de Berlim, em 1989, mostrava um antiquado automóvel Trabant, fabricado na Alemanha Oriental, ao lado de um possante Mercedes-Benz, fabricado na Alemanha Ocidental. Realmente, aquela foto dizia mais que mil palavras!
Vinte e dois anos mais tarde, algo similar parece estar acontecendo; entretanto, desta vez é a Elite do Poder Global que está nos deixando fascinados pelas cordas tecnológicas invisíveis com as quais milhões de pessoas estão prestes a se enforcar, em um sentido figurado, é claro. Não que todos nós estejamos fazendo isto, mas quando você olha ao redor, para o crescente controle em massa da população, o laço certamente está sendo bem ajustado em volta de nossos pescoços.
O ser humano precisa de tempo para se adaptar e lidar com as grandes transformações. Ao longo de milhares de anos de história, a mudança ocorreu de forma muito lenta, ao longo de gerações inteiras, para que com cada nova mudança, as estruturas sociais se adaptassem lentamente. Hoje, porém, com o explosivo advento das tecnologias da informação, das telecomunicações e da genética, para citar apenas algumas, estamos todos mesmerizados e desejosos de participar da Ciberesfera das Informações. Fomos persuadidos que realmente precisamos possuir os mais avançados telefones celulares, iPod, iPad, a Internet, televisão a cabo ou por satélite, iPhone e Blackberry, que potencialmente podem ser coisas boas, mas que precisam ser encarados com muita cautela. A razão é que eles representam uma espada de dois fios que pode ajudar a expandir nossa conscientização e conhecimento do mundo que está ao nosso redor, ou podem nos prender com correntes em um macrossistema que cresceu e se tornou um Leviatã, com uma capacidade imensa de controlar cada detalhe de nossas vidas.
Sou um leigo, de modo que não vou me aprofundar nos detalhes técnicos das tecnologias da informação atuais, porque outros estão muito mais qualificados do que eu para fazer isto, mas o que posso dizer é o seguinte: todas essas tecnologias não são tão inocentes quanto fomos levados a acreditar; isto é, tão "inocentes" que até crianças de 5, 6 ou 7 anos podem ser colocadas para brincar com jogos de computador e com a Internet, como se fossem meros brinquedos. Não! Essas tecnologias precisam ser encaradas com tanta cautela, cuidado e temor quanto demonstramos ao dirigirmos um carro, sabendo que exatamente como ele pode nos levar com segurança para aonde quisermos ir, se acelerarmos rápida e irrefletidamente o motor até 250 km/h, isso poderá ser fatal para nós e para os outros também.
Similarmente, esta espada de dois gumes pode servir para conquistar a Elite do Poder Global tornando-nos cientes de suas intenções e de suas terríveis consequências de médio e longo prazo, ou pode servir para eles cortarem nossas gargantas. Na verdade, o monstro Jânio de duas cabeças está equidistante entre eles e nós. Objetivamente, ou eles ganham e nós perdemos, o que significa que o mundo será governado pelas máquinas que eles controlam, ou, usamos essas tecnologias para arregimentar o poder massacrante de "Nós, o Povo" e aniquilar a Elite do Poder Global. Onde está a diferença? Na nossa conscientização.
A Elite do Poder Global sabe muito bem o que está fazendo, enquanto que a maioria das pessoas não sabe, e a Elite fará tudo o que estiver ao seu alcance para manter as coisas assim. Aqui, então, estão dois exércitos globais voltados um contra o outro. "Neste canto..." uma pequena, mas extremamente poderosa elite que controla uma máquina gigantesca para seu benefício e para nossa escravização. "Naquele canto...", massas gigantescas de pessoas, em sua maior parte incautas, que usam essa mesma máquina, mas sem compreendê-la, sem perceber para que ela realmente serve.
A tecnologia está hoje tão incorporada na sociedade que, cada vez mais, cada aspecto de nossas vidas é controlado por ela: seja o trabalho feito na Internet, Intranet, comércio eletrônico, administrar sua conta bancária, comprar uma passagem aérea e imprimir o cartão de embarque, fazer pesquisa sobre algum tema, ou apenas o entretenimento. É uma moeda da qual sistematicamente só nos é apresentado o lado da "cara", isto é, todos os benefícios, conforto e vantagens de estar conectado e on-line. "A vida é tão mais fácil agora..." Entretanto, não nos mostram o lado da "coroa", que apresenta um perigo tenebroso e que está à espreita: o Controle Total. A Ciberesfera das Informações representa uma superestrutura para o controle total contra o qual os indivíduos podem fazer pouco para escapar, a não ser que se conscientizem rapidamente.
A arma-chave usada contra todos os povos em todos os países é a Guerra Psicológica — que conseguiu: (a) incorporar dois, talvez três bilhões de indivíduos na Cibersfera das Informações, permitindo um crescente controle parcial ou total sobre eles, e (b) persuadir bilhões de indivíduos a dispostamente aceitarem isto. O restante da humanidade — os outros 3 ou 4 bilhões são "bocas inúteis", como David Rockefeller certa vez os chamou — eles simplesmente não contam, pois vivem em abjeta pobreza e não fazem parte do "mercado"; não há coisa alguma que as grandes empresas possam lhes vender. Assim, eles estão implicitamente marcados para o extermínio controlado ao longo da próxima geração por meio de guerras, doenças, fome, violência urbana, contaminação do meio ambiente, desastres "naturais" induzidos de forma artificial, ou apenas esperando que eles morram e não se reproduzam mais.
Uma rápida olhada em algumas das maravilhas tecnológicas que a Elite reservou para nós pode melhor ilustrar isto:

Observe o Que Você Diz... e Faz... (e Pensa...!)

"Romas/COIN" é um projeto militar de alta tecnologia para vigilância da população civil e de coleta de dados, apoiado por empresas norte-americanas privadas do setor de defesa (especialmente a Northrop Gruman), centros de estudos e debates e a comunidade de Inteligência civil e militar dos EUA, com capacidades eletrônicas para monitorar e analisar milhões de conversações telefônicas, classificar dados fundamentais e depois reconstrui-los para refletir padrões de comportamento específicos entre os indivíduos e grupos de pessoas, o que possibilita a previsão de seus planos futuros, localização, objetivos e ações. Isto tudo tornará a "guerra preventiva" e as "prisões preventivas" muito mais fáceis. Por enquanto, grande parte dessa vigilância em massa e "mineração" de dados visa as pessoas de língua árabe, não apenas no Oriente Médio e no norte da África, mas em todo o mundo, o que se encaixa lindamente com a infindável "guerra global contra o terrorismo".
Isto representa um salto quântico pela Elite do Poder Global, pois até recentemente esse tipo de espionagem de alta tecnologia somente podia ser feito pela NSA (Agência Nacional de Segurança), CIA, FBI, o MI6 britânico e pelo Mossad israelense (que sempre podem ser demonizados como entidades modernas do tipo Gestapo); agora, entretanto, temos nomes "amigáveis" como Apple, Google, FaceBook, Twitter, Microsoft, Pixar/Disney, PointAbout, fazendo toda a espionagem para a Elite. A rede empresarial privada é parte do laço invisível que estamos colocando em volta de nossos pescoços. O Grande Irmão está observando você...
Os países que as pessoas normalmente acreditam serem bastiões da liberdade — a Grã-Bretanha, Canadá, Austrália ou Nova Zelândia — são excelentes exemplos de vigilância completa. Faça uma caminhada pelas ruas de Londres e uma vasta e onipresente redes de milhões de câmeras estará observando cada um de seus passos, 24 horas por dia e 7 dias por semana, nos aeroportos, nas estações de trem e de Metrô, nos cruzamentos das ruas, nas lojas, no interior dos ônibus urbanos, nos centros de compras, nas estradas, parques, condomínios, edifícios públicos, escritórios privados, nas empresas de prestação de serviços, nos banheiros públicos e nos postos de pedágio... Para aonde quer que você vá em Londres, alguém está observando você... bem de perto. Naturalmente, tudo isto é feito em nome da "segurança nacional", que se tornou uma cortina de fumaça para a percepção das elites empresariais e políticas que a crescente conscientização pública representa uma real ameaça aos seus interesses.
Na Austrália, o Grande Irmão está trabalhando arduamente, o que não é surpresa, pois o país respondeu aos eventos de 11/9/2001 com um extraordinário furor legiferante. Na década após o evento, o Parlamento Australiano aprovou 54 leis antiterrorismo, 48 das quais foram aprovadas durante o governo Howard, uma média de uma nova lei antiterror a cada sete semanas.
Os números são chocantes: O professor canadense Kent Roach descobriu que "a Austrália excedeu a Grã-Bretanha, os EUA e o Canadá no número de novas leis antiterror que foram aprovadas desde 11/9/2001. A grande quantidade de novas legislações na Austrália esgotou a capacidade da oposição parlamentar e da sociedade civil de acompanhar e, mais ainda, de fazer oposição efetiva à incansável apresentação de novos projetos de leis." Tudo isto foi promovido pelo Órgão Australiano de Inteligência e Segurança (ASIO).
A legislação australiana inclui a Emenda na Legislação Sobre Serviços de Inteligência e Interceptação das Telecomunicações, a Emenda na Legislação dos Serviços de Inteligência de 2011, que fortalece e aumenta os poderes do Órgão de Inteligência e Segurança para realizar vigilância fora do país e alcançar organizações como o WikiLeaks, visando qualquer um que faça campanhas a favor de questões políticas e sociais.

"Sabemos Quem Você É..."

As novas tecnologias também poderão em breve tornar as impressões digitais uma coisa do passado. O reconhecimento vascular representa um método muito mais preciso de identificação do que as tradicionais impressões digitais, por causa de sua baixíssima taxa de erro de 0,01%. Usando a luz para penetrar o dedo de um usuário e ler os padrões dos vasos capilares, que são únicos em cada indivíduo e considerados impossíveis de serem replicados, este método impede a falsificação, pois as estruturas vasculares mudam após a morte, o que significa que dedos cortados não poderão ser usados para enganar os escâneres de leitura.
Em seguida, há o reconhecimento facial. A empresa japonesa Toshiba lançou recentemente uma nova linha de televisores de LED em 2011, incluindo o modelo WL800A, que usa o reconhecimento facial. Na próxima vez que você estiver navegando na Internet, ou falando via Skype, hummm... "Sabemos quem você é, onde está e o que está fazendo."

Achados e Perdidos: Senhora, Encontramos a Caixa-Preta de Seu Marido Desaparecido

Os implantes de microcircuitos para rastreamento do indivíduo e para identificação também estão se tornando cada vez menores, e até mais injetáveis sem que você sequer perceba. Na próxima vez que ocorrer um surto de Gripe Aviária ou Gripe Suína, não se deixe enganar e ser levado para a fila da vacinação em massa junto com sua família. Michael G. Michael (da Escola de Sistemas e Tecnologia da Informação, da Universidade de Wollongong, na Austrália), cunhou o termo uberveillance para descrever a tendência emergente da vigilância em todas as coisas, explicando que uberveillance não é do exterior e olhando para baixo, mas do interior e olhando para fora, por meio de um microcircuito que é implantado dentro do nosso corpo."
A empresa privada norte-americana de alta tecnologia VeriChip (http://www.positiveidcorp.com) vende em larga escala nanocircuitos implantáveis que armazenam um número de identificação exclusivo de 16 dígitos nos seres humanos "para propósitos médicos e de segurança, enfocando pacientes de alto risco e a necessidade de identificá-los e seus registros médicos no caso de uma emergência". Para minimizar os temores, eles também explicam que não sabem quando ou se alguém desenvolverá um microcircuito implantável com tecnologia GPS, mas que "esta não é uma aplicação que estamos desenvolvendo". Michael explica que esses microcircuitos implantáveis se tornarão como uma "caixa-preta que então serão testemunhas dos nossos movimentos reais, palavras — talvez até nossos pensamentos — e exercerão um papel similar ao da caixa-preta instalada em um avião." Ele também prediz que os implantes de microcircuitos e de suas infraestruturas poderão eliminar a necessidade de passaportes eletrônicos, etiquetas eletrônicas, e cartões de identificação inteligentes, acrescentando que o implante de microcircuito... eventualmente se tornará obrigatório no contexto da identificação na estrutura da segurança nacional." Por enquanto, seu telefone celular atua como um transponder passivo para os leitores de identificação de rádiofrequência (RFID).

Olhe o Passarinho...

Sem qualquer surpresa, são para as aplicações militares que vão trilhões de dólares para a pesquisa da tecnologia ultra-avançada. Temos agora Vants (Veículos Aéreos Não Tripulados, também chamados de aviões-robôs, ou drones) pequenos como besouros. Em uma matéria recente publicada no jornal The New York Times, [2] ficamos sabendo que a Base Wright-Patterson, da Força Aérea dos EUA, no estado do Ohio, possui um laboratório onde Vants projetados para replicar a mecânica do voo das mariposas, falcões e outras criaturas estão sendo desenvolvidos. "Estamos procurando saber como evitar a identificação pelo olhar comum", disse Greg Parker, um engenheiro aeroespacial, segurando um falcão mecânico que no futuro poderá realizar missões de espionagem." Atualmente, o Pentágono já tem cerca de 7.000 aviões-robôs, explicou Ashton B. Carter, o comprador-chefe de armas do Pentágono e membro do Conselho das Relações Internacionais (CFR), um centro de estudos e debates sediado em Nova York.
"Em fevereiro de 2011, os pesquisadores apresentaram o avião-robô "Colibri", construído pela empresa AeroVironment (http://www.avinc.com) para a sigilosa DARPA (Agência de Projetos de Pesquisa Avançada em Defesa) que pode voar a 18 km/h e pousar no parapeito de uma janela... [Atualmente,] um dos menores aviões-robôs em uso no campo de batalha é o Raven (Corvo), de 90 cm, que os soldados no Afeganistão lançam com as mãos, como um aeromodelo, para sobrevoar e vigiar uma montanha vizinha."
Há então a nova tecnologia "Gorgon Stare" (Olhar Fixo da Górgona), que pode capturar imagens de vídeo ao vivo de uma cidade inteira, mas que requer 2.000 analistas para processarem os dados enviados por um único avião-robô, em comparação com 19 analistas por avião-robô atualmente. Podemos também esperar um crescimento gigantesco no contingente de analistas militares de vigilância, o que representará "maravilhosas novas oportunidades de carreira na defesa nacional."

Uma Nação de Covardes

Essa mesma matéria no New York Times também diz o seguinte: "Dentro das forças armadas, ninguém questiona que os aviões-robôs poupam as vidas dos nossos militares. Muitos veem os aviões-robôs como versões avançadas dos sistemas de armamentos como tanques e bombas lançadas de aviões, que os EUA usam há várias décadas. 'Há um tipo de nostalgia pelo modo como a guerra era lutada antigamente', disse Deane-Peter Baker, professor de Ética na Academia Naval dos EUA, referindo-se às noções nobres do conflito cavaleiro contra cavaleiro. Os aviões-robôs são parte de uma era pós-heróica e, na opinião do professor, não é sempre um problema se eles diminuem o ponto de entrada em uma guerra... Os defensores da ética militar reconhecem que os aviões-robôs podem transformar a guerra em um jogo de computador, infligindo baixas civis, mas sem que soldados americanos fiquem diretamente sob perigo, de modo que mais facilmente levam os EUA para dentro de conflitos.".
Isto se vincula com a Doutrina Powell, elaborada pelo general Colin Powell (também um membro do CFR) após a Primeira Guerra no Golfo, que diz, entre outros conceitos, que os EUA somente devem se envolver em um conflito militar onde sua força militar massacrante garantir completa vitória sobre inimigos mais fracos e cuidadosamente selecionados. Isto explica por que os EUA (e sua ferrenha aliada, a Grã-Bretanha) unilateralmente atacaram o Afeganistão e o Iraque, mas não atacam a China ou a Rússia; ou por que os EUA (e a OTAN) impõem "mudanças de regime" à Líbia, mas não à Coreia do Norte (tão íntima da China) ou ao Irã (tão perto da Rússia). Isto explica por que "as heróicas ações" da América incluem invadir a minúscula Granada durante o governo Reagan, em 1984, e o desarmado Panamá, durante o governo George Bush, em 1991, bem como seu contínuo suporte ao nuclearizado e armado até os dentes Israel contra os palestinos lançadores de pedras.
Claramente, uma "doutrina" de mais abjeta e desavergonhada covardia ainda não foi proposta por nenhuma outra nação. Sem dúvida, aqui estão as sementes da vindoura destruição dos EUA e de seus aliados-chave: eles se tornaram nações gananciosas e corruptas, governadas por líderes covardes.

O Que Você Fará?

Seja lá o que acontecer daqui para frente, o planeta Terra depende de quantos dentro da porção dos 2 ou 3 bilhões de "felizardos" que voluntariamente se integraram à Ciberesfera por meio dos computadores pessoais, computadores portáteis, Blackberries, páginas na Internet, telefones celulares, etc., se tornarem conscientes dos graves perigos que estão diante de todos nós. O quão rápido eles começarão a tomar medidas defensivas a partir de dentro da Ciberesfera, especialmente identificando e fazendo uso da grande quantidade de pontos fracos existentes?
Como um amigo meu disse certa vez: "— Se a globalização puder ser comparada a um balão, então você precisa somente da pontinha de um alfinete para fazer tudo estourar." Cada um de nós precisa se tornar essa "pontinha de alfinete".
Enquanto escrevo, a infraestrutura de vigilância e controle pode ler este artigo, usar seus satélites para identificar minha localização por meio do meu aparelho de telefone celular, que atua como um transponder GPS, espionar o que leio e escrevo, saber quais sites visito na Internet, e Deus sabe lá mais o quê.
Há cerca de 20 anos que o Projeto Echelon, da NSA (Agência Nacional de Segurança) pode espionar nossos telefonemas e correio eletrônico, visando encontrar palavras específicas usadas em bilhões de mensagens de texto — "bomba", "ataque", "Islã", "muçulmano", "nuclear" e "biológico" são apenas algumas das palavras e sequências que o Echelon pode xeretar (provavelmente eles estão fazendo isto neste exato momento, enquando escrevo e enquanto você lê!). O que eles podem fazer hoje certamente excede nossa capacidade de imaginação!
Isto não é mais apenas a "infraestrutura nacional de Inteligência", que engloba a CIA, o FBI, a FEMA, a Secretaria de Segurança Interna, DARPA, os serviços de Inteligência do Exército, da Marinha e da Força Aérea e seus correspondentes em cada país. Isto agora engloba também as grandes empresas privadas que coletam e organizam os dados, procuram e localizam determinados padrões (comportamentos, contatos, interesses, propósitos, geografias e infinitos outros) por meio dos quais a Elite Global do Poder espera eventualmente exercer seu antigo sonho do controle total sobre as populações que formam parte do Sistema Global deles (o restante não importa muito, pois já está marcado para morrer).
Microsoft, Facebook, Google, e uma vasta variedade de empresas de coleta de dados, de tecnologia da informação, segurança e Inteligência estão todas ligadas às redes cada vez maiores de consulta e análise de dados, em complexas estruturas evolutivas e que se autossustentam, que estão fora da abrangência visual até mesmo dos governos, pela simples razão que os governos não conseguem compreender essas capacidades, poderes e projeções futuras.
Alguém realmente acredita que Barack Obama, David Cameron, os senadores, representantes (deputados) e parlamentares dos governos dos EUA e da Grã-Bretanha têm alguma ideia do que a NSA, junto com o Google, junto com a Boeing, junto com a Northrop, junto com a Halliburton, junto com a Apple, junto com as empresas de fachada do Mossad israelense, do MI6 britânico e da CIA, junto com as principais universidades e centros de estudos e debates, junto com... estão realmente desenvolvendo?
Pode o Congresso de algum país aprovar mais leis para "controlar" alguma coisa que os próprios congressistas não conseguem compreender? Além disso, mesmo se o Congresso viesse a impor uma legislação restritora, quando isso acontecesse, a tecnologia já teria evoluído um pouco mais, podendo facilmente escapar da abrangência dessas leis.

Quem Está no Comando?

Isto nos traz à questão fundamental? Quem está no comando? Quem realmente governa a Austrália, a Grã-Bretanha, a França, a Alemanha, o Japão, a Índia, o Brasil, os EUA, o Canadá, a Argentina, a África do Sul? Até mesmo Israel?
Vemos "líderes eleitos" que alcançam os cargos mais altos dos governos via mecanismos de votação "democráticos" do século 19, que são todos controlados por uma estrutura tecnocrática de poder do século 21, extremamente complexa, incorporada nos EUA, Grã-Bretanha, União Europeia e em quase todos os outros países. Essa estrutura tecnocrática opera a partir de dentro desses países — até mesmo usando o poder militar dos EUA e dos países da OTAN — mas de modo algum dá ouvidos, apoia ou responde aos interesses desses povos. Foram realmente os EUA, a Grã-Bretanha e a França que invadiram e destruíram o Iraque, o Afeganistão e, mais recentemente, a Líbia? Ou, foi algo muito mais elusivo e poderoso, que está incorporado dentro dessas potências, mas que é controlado muito acima dos completamente obsoletos, erodidos, fatalmente enfraquecidos e — neste ritmo atual — prestes a desaparecer "Estados-nações soberanos"?
Já passou da hora de começarmos a juntar os pontos. Precisamos nos mover para longe da mentalidade do silo e rumo a uma visão mais integrada. Nós nos tornamos muito especializados, o que nos levou à estreiteza mental. Falamos sobre finanças, mas nunca ligamos os pontos em suas insinuações geopolíticas. Falamos sobre política, mas estamos cegos para as forças sociais subjacentes. Achamos que a indústria do cinema em Hollywood esteja interessada somente em nos "entreter", mas não percebemos que ela implanta ideias e padrões de comportamento na nossa psiquê coletiva.
O acúmulo de informações e dados gera confusão, pois nos tornamos sobrecarregados pelos muitos megabytes de informações que inundam nossos cérebros a cada dia, hora, minuto e segundo. Uma dica saudável: recue uma distância apropriada e descubra uma perspectiva que lhe permita começar a ver o quadro grande. Somente então você conseguirá se mover em direção aos detalhes mais refinados, porque a floresta é muito mais importante do que a árvore... pelo menos neste estágio onde todos precisamos tratar uma questão que deve ocupar cada vez mais nossas mentes, independente de onde você viva ou quem você seja: O que está acontecendo neste mundo?
É melhor que encontremos as respostas logo, pois estamos chegando rapidamente a um ponto de encontro de proporções históricas na estrada do destino humano. Ou subimos a estrada acima, para a evolução humana, que necessariamente envolverá a dolorosa, porém necessária destruição da Elite do Poder Global e todos os que apoiam, consolidam, capacitam e alimentam seu crescimento, ou... descemos pela estrada abaixo, para o tenebroso abismo da morte, destruição, hipnose das massas e o fim do espírito humano: uma visão próxima daquilo que comumente é descrito como o Inferno.
Que estrada você seguirá? Ainda podemos tomar a decisão correta. Entretanto, não nos resta muito tempo.

Notas de Rodapé

  1. Os países árabes que lutam contra a intervenção dos EUA-GB-UE no Oriente Médio e no norte da África são chamados de "terroristas", ou "Estados delinquentes", enquanto que a causa original do problema, as longas décadas de terror e violenta interferência dos EUA-GB-UE nunca é chamada de "terrorismo" (na verdade, eles a chamam de "promover a democracia" ou alguma outra novilíngua). Os grupos militarizados são assim classificados como "terroristas" ou "combatentes pela liberdade", dependendo de que lado estejam em relação à Elite do Poder Global.
  2. Veja The New York Times, 19/6/2011, "War Evolves With Drones, Some Tiny as Bugs", Elisabeth Bumiller and Tom Shankar.
Sobre o autor: Adrian Salbuchi é um analista político, escritor, conferencista e apresentador de um programa de rádio na Argentina. Ele já publicou diversos livros sobre geopolítica e economia em espanhol e, recentemente, publicou seu primeiro livro eletrônico em inglês: The Coming World Government: Tragedy & Hope?, que pode ser adquirido em seu site pessoal, em http://www.asalbuchi.com.ar. Salbuchi tem 58 anos de idade, é casado, pai de quatro filhos adultos e trabalha como consultor estratégico para empresas nacionais e internacionais. Ele também é o fundador do Projeto Segunda República na Argentina, que está se expandindo internacionalmente. (visite http://secondrepublicproject.com).


 
A Espada do Espírito: http://www.espada.eti.br/vigilancia.asp

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domingo, 27 de outubro de 2013

As Operações Psicológicas e a Manipulação das Massas — Um Guia Básico Sobre a Propaganda Global

Autor: Carl Teichrib, Forcing Change, Edição 2, Volume 1.
"O cidadão deve ser moldado para se adequar à forma de governo em que vive." — Aristóteles, Política, Livro 8. [1].
"Nunca antes na história humana tantos tiveram um acesso tão fácil a tanto poder potencial para tantos propósitos diferentes." — In Athena's Camp: Preparing for Conflict in the Information Age. [2].
"Operações psicológicas" não é uma expressão tipicamente encontrada no vocabulário do público geral. Essa expressão é um termo militar que se refere a uma operação de informações destinada especificamente a mudar o comportamento e as atitudes de um grupo-alvo. Em termos militares, esse grupo é formado por combatentes inimigos e/ou a população geral de um país inimigo.

Hoje, vivemos em uma época em que as informações são consideradas centrais para a manutenção do poder político e econômico, o que coloca a abrangência das operações psicológicas muito além das aplicações exclusivamente militares. Embora isto não seja fundamentalmente novidade — as informações e sua alavancagem sempre foram instrumentos de poder — a maioria das pessoas não tem uma compreensão da importância da manipulação e da capacidade de persuasão das informações.
Na forma mais ampla, as operações psicológicas estão intimamente vinculadas à sua prima: a propaganda das informações. De fato, a distinção entre as duas é tênue e na literatura (incluindo os documentos militares) essas duas ciências estão intimamente interligadas.
Peter Kenez, autor de The Birth of the Propaganda State, escreveu:
"Para discutir a questão de forma sensata, precisamos abandonar a esperança de encontrar uma definição da propaganda que seja precisa, que cubra todos os atos da propaganda e somente propaganda, e que seja utilizável, independente do tempo e do espaço. Em vez disso, precisamos aceitar a definição mais ampla possível: a propaganda não é nada mais do que a tentativa de transmitir valores sociais e políticos na esperança de afetar a mente e as emoções das pessoas e, desse modo, modificar o comportamento." [3].
Um antigo documento das forças armadas canadenses sobre operações psicológicas, intitulado Psychological Operations — First Draft (Operações Psicológicas — Primeiro Rascunho), postula uma posição similar:
"As operações psicológicas (chamadas no jargão militar de PsyOps, ou também de OPs) são um termo genérico usado para cobrir todos os aspectos das atividades psicológicas e é definido como: atividades psicológicas planejadas em tempos de paz e de guerra, direcionadas contra audiências inimigas, amigas ou neutras, de modo a influenciar as atitudes e o comportamento que afetam o alcance de objetivos políticos e militares." [4] [itálicos adicionados]. Fazendo uma ponte entre os dois conceitos de informações, esse documento canadense diz explicitamente: "A propaganda é um instrumento básico das operações psicológicas." [5].
Ao ressaltar o valor da propaganda como o instrumento principal das operações psicológicas, é importante considerar o papel e o uso da "mensagem". Uma seção extraída do documento militar canadense referido anteriormente diz: "A mensagem de propaganda é uma comunicação com o propósito de produzir uma ação e uma atitude. Antes de poder realizar seu propósito, ela precisa ser ouvida pelo receptor designado (o alvo). Em resumo, a mensagem precisa ser recebida, compreendida, aceita como verdadeira, oferecer uma solução e produzir um resultado desejado."

Com base em uma política, nas informações coletadas pelos serviços de Inteligência, um alvo, temas, e uma avaliação dos resultados desejados, o propagandista compõe sua mensagem. Ele precisa construir e transmitir sua mensagem no tempo correto para que, mesmo em competição com muitos outros materiais que estão sendo apresentados ao alvo, a mensagem seja ouvida. O alvo precisa compreender a mensagem e interpretá-la da forma desejada pelo propagandista.
Uma mensagem de propaganda precisa despertar ou estimular necessidades. Ela precisa provocar uma ação ou produzir a atitude desejada pelo propagandista. Isto requer que a mensagem diga ao alvo como satisfazer suas necessidades — seguindo o curso de ação desejado pelo propagandista. Isto, por sua vez, requer que as ações (incentivadas abertamente, ou de forma implícita) sejam apropriadas e importantes para o alvo. De modo a obter a atenção ou a atitude desejada, a mensagem precisa, na opinião do alvo, oferecer a melhor solução (ou a única solução lógica) para a solução do problema enfocado ou em atender às necessidades do alvo.
Essencialmente, o propagandista precisa tomar todas as medidas necessárias para garantir que a ação que ele deseja seja bem-sucedida e que a ação que ele não deseja tenha a mínima oportunidade de chamar a atenção do alvo, isto é, que ela falhará. [6].
Isto é significativo, pois demonstra a moldagem intencional de um grupo (uma sociedade) por meio da disseminação de informações específicas, a mensagem, para atingir determinados objetivos no alvo. Além disso, esse relacionamento mensagem-alvo normalmente não é aparente para a audiência. A vagueza situacional não está sempre presente, mas tipicamente o grupo-alvo desconhece as influências externas que estão em operação, moldando as opiniões, crenças, valores e atitudes.

Operações Psicológicas e Influência Interna

Uma admissão interessante dos alvos das operações psicológicas militares pode ser encontrada em uma publicação produzida pelo Programa de Pesquisa de Comando e Controle (CCRP), que opera vinculado ao gabinete do Assistente do Secretário de Defesa dos EUA. Ao discutir a importância do suporte público para as operações militares, especificamente após a Batalha de Mogadishu, em 1993, em que 18 militares americanos morreram, os autores do relatório dizem:
"Após a Somália, 'os corações e mentes' a serem conquistados ao montarmos essas operações não são apenas aqueles no país em questão — o alvo tradicional das operações psicológicas. Eles agora incluem, talvez até de forma predominante, os corações e mentes do povo e do Congresso americano." [7].
Isto é tremendo. Como Peter Kenes nos lembra: "... a propaganda frequentemente significa dizer menos do que a verdade, enganar a população e mentir..." [8]. Embora o exemplo acima possa ou não ter um vínculo direto com mentir ou "enganar a população", ele ilustra o aspecto da política pública de "persuasão", colocando em jogo questões de ética e de governança.
São inúmeras as questões éticas relacionadas com a persuasão do público. Em um relatório publicado em 2005, o Serviço de Pesquisa do Congresso dos EUA examinou ações das agências do Poder Executivo e descobriu diversos exemplos de atividades com informações controversas. Agências tão diversas quanto a Receita Federal, o Departamento de Política e Controle de Narcóticos, a Previdência Social, o Departamento da Educação, o Departamento de Saúde e Serviços Humanos e a Agência de Proteção Ambiental foram todos apontados por empregarem campanhas com informações altamente questionáveis. Muitas dessas campanhas tinham o objetivo de promover as posições do governo. Entretanto, no caso da Comissão Federal das Comunicações, descobriu-se que esse órgão estava especificamente promovendo os aparelhos de televisão digital — junto com grandes interesses empresariais que se beneficiariam com as vendas desses aparelhos. [9].
Embora as vendas de televisores seja algo trivial em termos de atividades de propaganda, isto ilustra o quão aceita e firmemente estabelecida a manipulação das informações se tornou. Infelizmente, isto também levanta a validade da desconfiança geral da população no governo.
Reconhecendo o dilema do efeito bumerangue da enganação como um instrumento da política, especialmente no que se refere às preocupações maiores, um relatório do Colégio de Guerra do Exército dos EUA observou:
"Como os governos praticaram o engano envolvendo questões tão importantes quanto a segurança nacional, é difícil para muitos na mídia e no público em geral, desconsiderarem totalmente a possibilidade que os anúncios do governo possam ser desinformação... Qualquer pessoa envolvida em operações de enganação, ofensiva ou defensivamente, deve estar ciente das questões de credibilidade inerentes neste assunto. Frequentemente, há mais em risco do que uma vantagem política ou militar temporária." [10].
Há muita coisa em risco, incluindo a credibilidade de longo prazo das estruturas civis básicas. Isto é inerentemente verdadeiro com relação à propaganda que foi inicialmente colocada em ação para inverter os valores sociais e os comportamentos internos porque, uma vez que o mecanismo tenha se estabelecido no fulcro da vida civil, sua influência pode persistir por muito tempo após o programa oficial terminar. Em outras palavras, um efeito bola de neve pode continuar até que a má informação seja rebatida por vozes mais sensatas, até que ela se autodestrua sob a inércia de suas próprias enganações, ou até que o resultado original da operação psicológica — ou uma variação dele — seja alcançado.
Infelizmente, o alcance da propaganda frequentemente infecta todos os níveis da sociedade, com consequências na integridade civil de longo prazo. Essa corrosão na credibilidade pode, por sua vez, afetar de forma adversa o sistema educacional, os serviços da imprensa e da mídia, as funções policiais e militares, os papéis das igrejas e dos seminários e vários ofícios de autoridade pública. Além disso, todas essas instituições não somente têm o potencial de serem usadas via operações psicológicas, mas em casos particulares podem na verdade utilizar a propaganda como um modo de fazerem avançar seus próprios planos. [Nota: A Forcing Change procurará documentar esta realidade; em artigos futuros destacaremos exemplos específicos de planos.]
Se a propaganda tem um ângulo positivo, é durante os tempos de guerra real em que as operações psicológicas são usadas diretamente para combater países inimigos, incluindo táticas enganosas no campo de batalha. [11]. Entretanto, essa forma de enganação está rigidamente conectada com uma luta imediata de vida ou morte. É o uso da propaganda como um instrumento de transformação interna que é muito mais preocupante.

O Modelo Soviético

A partir de uma perspectiva política interna, três grandes potências no século 20 fizeram um tremendo esforço para moldar suas sociedades nacionais por meio da manipulação das informações. A União Soviética, a Alemanha Nazista e a China Comunista estabeleceram cada uma delas agências específicas para criar e disseminar propaganda. É aqui que podemos começar a compreender verdadeiramente o significado das operações psicológicas: a sutil e sistemática corrosão dos valores centrais.
O professor David E. Powell, autor de Antireligious Propaganda in the Soviet Union: A Study of Mass Persuasion (Propaganda Antirreligiosa: Um Estudo da Persuasão das Massas), revelou o cerne da estrutura transformacional soviética:
"O Partido tentou destruir os padrões tradicionais de autoridade e de relacionamentos que considerava inadequados para o mundo moderno e desenvolver no lugar deles um novo conjunto de devoções. O Partido decidiu moldar os valores de todo um povo por meio de um programa gigantesco de educação e doutrinação... Ele tentou modificar a visão dos adultos e inculcar nos jovens, que têm menos preconceitos e atitudes menos arraigadas, as visões que ele considerava serem as corretas." [12].
"A 'socialização política' é o processo pelo qual as pessoas adquirem seus padrões e suas crenças políticas. Ela envolve uma ampla variedade de instituições e indivíduos, desde os pais e professores até a imprensa, os tribunais e as forças armadas."
"Por meio do contato com esses agentes socializadores, as pessoas modificam ou descartam os antigos valores, assimilam novos valores, ou reforçam suas noções pré-existentes." [13].
"Em seu esforço de reestruturar a cultura política e transformar um povo religioso em um povo ateísta, os líderes soviéticos tentaram socializar e ressocializar toda a população." [14].
Se você está fazendo a si mesmo a pergunta: "Como isto se encaixa no mundo atual?" — está fazendo a pergunta errada. A questão real é: existem forças em operação no nosso atual sistema nacional e global que estão tentando "moldar os valores de toda uma população por meio de um programa gigantesco de educação e doutrinação..."?
O Clube de Roma, uma organização influente de indivíduos proeminentes de todo o mundo, já admitiu em 1976 que faz avançar um programa de mudança global, principalmente por meio de agências especializadas inseridas dentro da comunidade internacional.
"No nível mais alto das questões mundiais, instituições internacionais precisam formar os principais agentes da transformação planejada. Os esforços a serem feitos pelas instituições nos níveis mais altos podem ser vistos como 'meios' que podem ser mobilizados para alcançar os fins desejados. Isto implica que as instituições controlam diversos 'volantes' que podem ser usados para guiar a mudança por meio de esforços de indivíduos e instituições menores. Todavia, o controle que as instituições podem exercer não é ilimitado, mas bem determinado pela estrutura de poder em que elas operam."
"No caso das instituições poderosas, os meios à disposição estão frequentemente organizados em políticas. Como tais, as políticas podem se referenciar à operação atual da ordem socioeconômica ou à ação destinada a executar uma ação planejada na ordem existente. Portanto, elas podem ser direcionadas para reforçar ou transformar o status quo internacional." [15].
Isto toca na raiz: a transformação global gerenciada e se encaixa com a grande visão de Mikhail Gorbachev. Como o ex-presidente da União Soviética escreveu no ano 2000: "Novas abordagens são necessárias, novas orientações em pensamento e ação. Precisamos fazer a transição para uma nova civilização global." [16].
De modo a ver como a propaganda para uma "nova civilização" está sendo feita em nosso contexto moderno, precisamos analisar exemplos de transição. Existem muitos desses exemplos, porém as limitações de tempo e de espaço somente nos permitirão destacar rapidamente um caso em vista: o movimento ambientalista internacional como um agente para a reestruturação global.

O Ambientalismo como uma Operação Psicológica

Há várias décadas que a comunidade internacional e grupos ambientalistas de lóbi vinculados clamam por grandes mudanças na forma como nosso mundo funciona. Isto inclui não somente uma reestruturação econômica e política, mas também a remodelagem dos sistemas individuais de crenças, atitudes e comportamentos. Portanto, uma nova ética global está sendo apresentada e promovida, uma ética que envolve uma cosmovisão neopagã com um ethos (NT: Ethos, na Sociologia, é uma espécie de síntese dos costumes de um povo. O termo indica, de maneira geral, os traços característicos de um grupo, do ponto de vista social e cultural, que o diferencia de outros. Seria assim, um valor de identidade social. Fonte: Wikipedia) construído com base em ornamentos estratégicos (veja na segunda citação do IISD abaixo uma admissão deste fato). Sem qualquer surpresa, em uma campanha de operação psicológica, a juventude e a "educação" estão colocados bem no alto da lista de planos. Afinal, de modo a alterar radicalmente a sociedade, precisamos "inculcar nas pessoas mais jovens" as visões planetárias corretas.
Considere as seguintes citações, todas extraídas do Instituto Internacional para o Desenvolvimento Sustentável (IISD, página na Internet em http://www.iisd.org), uma das mais prestigiosas organizações ambientalistas que operam nos círculos globais de governança. Observe o seguinte: o IISD é uma "organização privada e governamental", um órgão financiado pelo governo canadense e que tem a aparência de autonomia, porém foi criado para fazer avançar ações políticas nacionais e internacionais, financiadas em grande parte com o dinheiro dos impostos pagos pela população. [17].
Ao ler os materiais do IISD, observe os elementos de operações psicológicas direcionados para a mudança dos valores nacionais e globais e os meios de alcançar essa transformação. A propaganda não é difícil de detectar. Algumas citações especialmente audaciosas precisam ser lidas duas ou três vezes para que você consiga compreender o alcance total que elas têm.
  • "Nas campanhas pelo meio ambiente, durante qualquer 'ciclo de atenção para um problema', há uma fase em que o problema precisa ser estrategicamente exagerado de modo a estabelecê-lo firmemente em um plano de ação." [18].
  • "A educação tem sido avançada como significativa para produzir mudanças nas atitudes, comportamentos, crenças e valores... De modo a redirecionar o comportamento e os valores rumo à mudança institucional para o desenvolvimento sustentável, existe a necessidade de investigar as opções estratégicas com relação às filosofias educacionais, ao âmbito para a propagação e adoção, e aos grupos mais provavelmente susceptíveis à mudança." [19].
  • "... um novo modo de fazer as coisas é claramente necessário. Os objetivos da educação e do treinamento precisam ser redefinidos e os critérios de sucesso mensurados em termos de avanços para o próximo nível... Uma transição precisa ocorrer: em abordagem, do ensino ao aprendizado; nos parâmetros do aprendizado, desde os limites da sala de aula ou do centro de treinamento até os elementos dos contextos socioculturais, políticos e ambientais; e no método, de responsivo ou pior, passivo, para pró-ativo e participativo." [20]. [Nota do Editor: Isto é a criação de ativistas.].
  • "Os jovens estão também bem-posicionados para lutarem por mudanças [no meio ambiente e pelo desenvolvimento sustentável]. Em sua maioria, eles são significativamente menos dependentes do sistema econômico, o que lhes dá espaço para protestar. O protesto deles é mais prontamente reconhecido como sincero e isento de interesses mesquinhos em comparação com os protestos provenientes de outros setores sociais. Como produtos da engenharia educacional e social e como herdeiros deste planeta, eles têm o direito de serem ouvidos. Estando ligadas por instituições educacionais, as ideias florescem facilmente e fincam raízes." [21].
  • "... como se diz, se o mundo deve realmente mudar, então a inspiração para essa mudança não pode vir da sociedade moderna, que está baseada na ideologia econômica, social e política do Ocidente. A inspiração tem de vir daqueles que veem o mundo e sua população em sua beleza holística, e não de pessoas que internalizaram os valores violentos, materialistas e individualistas que a sociedade adquiriu ao longo da história. Como jovens, é nossa luta nos libertarmos da doutrinação da sociedade moderna..." [22].
  • "A tarefa da educação no futuro imediato é ajudar a ativar uma ética de sensibilidade planetária que nos ajude a praticar as disciplinas que nos protejam das atrações da nossa cultura mórbida de bens e produtos... Temos de revisar completamente nossa compreensão ocidental do que deva ser um habitante do planeta Terra, nossa história humana e a história ocidental, pois nossa nova situação revela a verdadeira realidade daquilo que temos feito." [23].
  • "Precisamos passar para um senso de realidade e de valores centrado no homem para um senso centrado na Terra. Precisamos agora reconhecer a comunidade maior de toda a Terra, e não a comunidade humana, como normativa com relação à realidade e aos valores." [24].
Finalmente, o IISD sugere que uma parte do processo educacional de transformação sustentável global requer que o grupo-alvo "sinta-se como mestre de suas próprias ideias..." [25]. Isto é uma operação psicológica clássica.

Lidando com a Propaganda

O exemplo acima, extraído do movimento ambientalista, é somente um em uma longa lista de iniciativas que flertam com a propaganda, ou que a usam explicitamente. O discurso sobre o aquecimento global contém muita manipulação de informações, incluindo filmes de propaganda, como O Dia Depois de Amanhã e Uma Verdade Inconveniente. Da mesma forma, aspectos do movimento pelos direitos humanos giram em torno da propaganda da "cidadania global", o que é uma pena, pois existem preocupações com direitos humanos que são legítimas. [26].
Lamentavelmente, parece que para qualquer lado que você olhe, existe uma inclinação intencional de desafiar e transformar seus valores centrais. Como Peter Kenez escreveu: ".... é inútil reclamar e denunciar a propaganda, pois ela é uma parte integral do mundo moderno." [27]. De fato, parece ser.
Para o indivíduo, o perigo real das operações psicológicas vai além do fato de sermos bombardeados constantemente pela manipulação das informações. Existe um risco mais fundamental que está escondido. Além disso, esse perigo se expressa de duas maneiras para o indivíduo:
1) Ignorar ou marginalizar o assunto, proclamando as operações psicológicas como uma teoria conspiratória ou descartá-la como uma acusação paranóica. Seguir essa abordagem é ignorar intencionalmente as lições vitais da história, a natureza humana e as estruturas do poder social.
2) Acreditar que existe um bicho-papão em cada esquina. O caminho da paranóia é tão autodestrutivo quanto marginalizar o assunto; é um caminho que coloca ênfase excessiva no medo, ao mesmo tempo que ignora a lógica e a razão.
Portanto, como nos salvaguardamos das operações psicológicas e da propaganda e de outras táticas de enganação com informações — principalmente ao lidarmos como os paradigmas da transformação social?
Um modo é fazer perguntas que nos levem a refletir, como: Existe um desafio aos meus valores, atitudes e crenças naquilo que estou vendo, ouvindo ou experimentando? Em que o desafio está baseado e como a mensagem está me incentivando a reordenar meus princípios? Como as informações que estou recebendo se sustentam quando confrontadas pela lógica, pela história e pelo conhecimento? Agendas mais sutis e mais profundas aparecem subitamente ao pesquisar o objetivo superficial da mensagem? A mensagem e o significado das informações estão me induzindo a conformar meu comportamento para aceitar ou rejeitar um determinado plano, produto ou processo?
Nem sempre é fácil identificar um pacote de operação psicológica/propaganda bem-projetado. Entretanto, as questões acima ajudam a formular a análise crítica necessária. Como afirma Joseph. W. Caddell, ao escrever para o Colégio de Guerra do Exército dos EUA: "Uma metodologia abrangente para lidar com a enganação nunca será escrita. Este é um campo nebuloso, em constante mutação e de proporções virtualmente infinitas." [28].
Mesmo assim, Caddell, escrevendo principalmente para uma audiência militar, oferece algumas orientações básicas a serem usadas na batalha contra a enganação:
"Quanto mais você souber sobre seus adversários e sobre os eventos que estão se desdobrando, melhor preparado estará para enfrentar a enganação... Nunca dependa de um número limitado de fontes de informações ou de um número limitado de metodologias de coleta de informações. Quanto mais fontes você conhecer, mais difícil será para alguém manipular informações fora do contexto. Quanto mais uma pessoa sabe, mais provavelmente ela conseguirá detectar uma fabricação."
"O conhecimento também deve incluir o conhecimento sobre si mesmo. Reconheça os vieses e pressuposições que você, sua organização e sua cultura possuem. Acautele-se da 'imagem no espelho' — sempre que alguém assume que os outros se comportarão de uma maneira similar à forma como ele mesmo faria, está abrindo a porta para o autoengano." [29].
Tudo isto parece elementar e, em grande parte, é mesmo. É claro que as tecnologias usadas para transmitir a mensagem estão sempre sendo atualizadas, mas os conceitos fundamentais permanecem os mesmos. Não nos esqueçamos também que a arte e a ciência da propaganda são tão antigos quanto os atos de mentir e de manipular e, embora os veículos usados para disseminar uma mentira ou para influenciar uma audiência possam mudar com o tempo e a tecnologia, as ações básicas continuam as mesmas.
Caddell reforça esta afirmação. Ao discutir as aparentemente simples contramedidas para enfrentar a enganação, com o conhecimento e a análise sólida, ele encerra fazendo o seguinte comentário:
"Estas observações podem parecer todas autoevidentes até para um estudante casual da enganação. Portanto, alguém pode se perguntar por que essas afirmações óbvias precisam ser repetidas. A resposta é simples. Nas operações bem-sucedidas de enganação, o agente perpetrador espera que uma ou mais dessas observações autoevidentes sejam negligenciadas." [30].
Observação: Dois documentos-fontes usados neste artigo podem ser encontrados na área restrita do site Forcing Change:
  • Psychological Operations: First Draft.
  • Deception 101: A Primer on Deception.

Notas Finais

1. Aristóteles, Política, Livro 8, Parte 1.
2. Brian Nichiporuk e Carl H. Builder, Societal Implications, In Athena’s Camp: Preparing for Conflict in the Information Age (Santa Monica: RAND/National Defense Research Institute, preparado para o Gabinete do Secretário de Defesa, 1997), pág. 295.
3. Peter Kenez, The Birth of the Propaganda State: Soviet Methods of Mass Mobilization, 1917-1929 (Cambridge: Cambridge University Press, 1985), pág. 4.
4. Publicado sob a autorização do Chefe da Casa Militar, (Departamento de Defesa Nacional do Canadá), Quartel-General do Comando Móvel, Psychological Operations – First Draft, CFP 315(5), 1988, pág. 1-1.
5. Idem, págs. 1-3. 6. Idem, págs. 3-14/3-15.
7. Kevin Avruch, James L. Narel, e Pascale Combelles Siegel, Information Campaigns for Peace Operations (DoD C4ISR Cooperative Research Program/Command and Control Research Program, 2000), pág. 14.
8. Peter Kenez, pág. 2.
9. Relatório para o Congresso, Serviço de Pesquisa, Public Relations and Propaganda: Restrictions on Executive Agency Activities (CRS, 8 de fevereiro de 2005).
10. Joseph W. Caddell, Deception 101 – Primer on Deception (Carlisle, PA: Strategic Studies Institute, US Army War College, 2004), pág. 5.
11. Para um texto sobre o assunto, veja o livro de Jonathan Gawne, Ghosts of the ETO: American Tactical Deception Units in the European Theater, 1944-1945 (2002).
12. David E. Powell, Antireligious Propaganda in the Soviet Union: A Study of Mass Persuasion (Cambridge: MIT Press, 1975), pág. 1.
13. Idem, pág. 5. 14. Idem, pág. 6.
15. Reshaping the International Order: A Report to the Club of Rome (New York: E. P. Dutton, 1976), pág. 100.
16. Mikhail Gorbachev, On My Country and the World (New York: Columbia University Press, 2000), pág. 73.
17. Para um histórico do IISD, incluindo o suporte inicial dado pelo governo do Canadá e pela província de Manitoba, veja IISD Timeline, http://www.iisd.org/about/timeline.asp. Para ver o financiamento governamental de fontes canadenses e de outros governos, incluindo os EUA e países europeus, veja o relatório anual do IISD de 2005-2006. A tabulação dos fundos gerados pelos impostos dados ao IISD desde sua formação em 1990 chegam às dezenas de milhões de dólares. A página na Internet do IISD apresenta os relatórios anuais desde 1996. O autor deste artigo também possui em seu arquivo cópias impressas dos relatórios de anos anteriores a 1996.
18. Robin Mearns, Environmental Entitlements: Towards Empowerment for Sustainable Development, Empowerment for Sustainable Development: Toward Operational Strategies (Winnipeg: International Institute for Sustainable Development/Fernwood Publishing, 1995), pág. 51.
19. Naresh Singh e Vangile Titi, Empowerment for Sustainable Development: An Overview” Empowerment for Sustainable Development: Toward Operational Strategies, pág. 27.
20. Gretchen Goodale, Training in the Context of Poverty Alleviation and Sustainable Development, Empowerment for Sustainable Development: Toward Operational Strategies, pág. 83.
21. Youth Sourcebook on Sustainable Development (Winnipeg: International Institute for Sustainable Development, 1994), pág. 60.
22. Idem, pág. 79.
23. Budd Hall e Edmund Sullivan, Transformative Education and Environmental Action in the Ecozoic Era, Empowerment for Sustainable Development: Toward Operational Strategies, pág. 102.
24. Idem, págs. 102-103.
25. Naresh Singh e Vangile Titi, Empowerment for Sustainable Development: An Overview, pág. 19.
26. O autor deste relatório já participou de diversas conferências sobre os direitos humanos e testemunhou a propaganda em primeira mão.
27. Peter Kenez, pág. 4. 28. Joseph W. Caddell, Deception 101, pág. 15. 29. Idem, págs. 15-16. 30. Idem, pág.16.

Autor: Carl Teichrib, artigo original em http://www.forcingchange.org, Edição 2, Volume 1.  
Revisão: http://www.TextoExato.com
A Espada do Espírito: http://www.espada.eti.br/manipulacao.asp
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terça-feira, 22 de outubro de 2013



Para ''O NOVO GOVERNO MUNDIAL'': Pirâmide da "Paz e Reconciliação" Astana - Cazaquistão Seria a cidade do ANTICRISTO?

Fonte: Correio de Deus

[Imagem: Piramide_Paz_01.jpg]

A elite que percorre os bastidores da economia, finanças, religiões, exércitos e estados está comandando o planeta e está colocando as diretrizes finais de execução para o seu projeto totalitário chamado NWO (Nova Ordem Mundial), que visa escravizar ainda mais, se possível, aos seres humanos.
Lembre-se de que este projeto se propõe a implementar uma estrutura de pirâmide tirânica claramente marcado:

Um governo único no mundo, com um único líder político global.
Um único banco central global para gerenciar as finanças e dinheiro.
Assim, uma única moeda mundial.
Um único exército mundo.

E finalmente, é isso que vamos nos concentrar, em seguida, uma única religião mundial.

Mas antes de ir, vamos fazer uma breve pausa para contextualizar o momento que estamos vivendo e lembrando as recentes declarações do Porta-voz Oficial do Pontifíce do Vaticano Cardeal Peter Turkson , que relatou a partir da Rádio Vaticano , a seguinte proposta para a criação de uma autoridade política mundial única e de apenas um Banco Mundial Central :
http://www.europapress.es/economia/notic...ne-crear-a ...
Este edifício, chamado de " Pirâmide da Paz "ou" Palácio da Paz e Reconciliação", foi projetado pelo renomado arquiteto Sir Norman Foster, e está localizado na moderna cidade de Astana , capital do Cazaquistão, localizada no meio de um extenso clima adverso semi-deserto que varia -52 ° no inverno a 42 ° no verão.
Seu uso será dedicado à renúncia à violência e a reunificação de todas as religiões, dando prioridade para as quatro mais importantes, como o cristianismo (católicos, protestantes, ortodoxos, anglicanos, etc.), Islam (sunismo, xiismo, o Sufismo , Jariyismo), Budismo (Theravada, Mahayana e Vajrayana), Hinduísmo (Visnuism, Krisnaísmo, Shivaísmo, Shaktism, etc.) e a quinta religião adicionada entre privilégios acima, embora não seja a mais difundida no mundo, mas mantém uma grande influência tanto no interior do edifício como fora dele: Judaísmo (judaísmo ortodoxo, o judaísmo reformista, o Judaísmo Conservador, etc.). E são indicados para todos eles um espaço específico dentro da construção.

[Imagem: Piramide_Paz_02.jpg]

Pirâmide da Paz.

O prédio fica em uma base quadrada de 62m x 62m e tem uma altura total de 62m, abrigado dentro de um espaço de 25 mil m2. É basicamente construída por peças de granito de dimensões iguais organizadas e inseridas em uma estrutura metálica que forma em seu conjunto uma pirâmide truncada, com a ruptura do revestimento da fachada aparente utilizando moderno vidro matizado fica a cúspide desmaterializada.
Agora veja como o interior é distribuído em três níveis, assim como a estrutura básica da Maçonaria :

"A estrutura da maçonaria é dividida em três pilares do poder, o judiciário, executivo e legislativo e representados nos três pilares do templo,a coluna dórica  é o poder judiciário, o representante de dentro da loja é a primeira dos alunos atentos e responsáveis, é o poder de restrição, a coluna coríntia é o Poder Legislativo e representa o tutor , responsável pelos pares, é o poder expansivo, representado pela coluna Jonica é o Poder Executivo, o representante mais interno da loja é o Mais Venerável Mestre, cabeça dos professores, é o coordenador ou o poder de equilíbrio. Estes três poderes são incorporados em três níveis principais de ação: nacional, provincial e local. No Poder Executivo tem o Presidente, Governador, Prefeito, na legislatura tem o Congresso, Senado e municípios, no Judiciário têm Tribunal Constitucional, Supremo Tribunal Federal e os Tribunais. Eles são o equilíbrio das três forças primárias da criação, positivo, negativo, neutro, e acima de tudo está o Grande Arquiteto do Universo ".

[Imagem: Piramide_Paz_03.jpg]

PRIMEIRO NÍVEL

O edifício é organizado em ordem crescente a partir do porão da pirâmide, que hospeda o Opera House . Logicamente, é a mais escura de todas as plantas e que facilitam a entrada das quatro vias abaixo do volume piramidal de acesso às instalações do edifício.

Se você olhar para o teto do auditório da Casa da Ópera, poderá ver que é um grande domo que cobre quase completamente.

[Imagem: Piramide_Paz_04.jpg]

SEGUNDO NÍVEL

A este nível, foi concebido para o interior do edifício, o átrio é grande e evoca as mesmas proporções da pirâmide exterior. Por sua vez, é banhado por luz natural e o zênite simbolicamente convidando a ascensão de todas as religiões em direção à iluminação.
Esta zona é organizada de modo que as várias religiões do mundo se reúnem para discutir "suas diferenças'', e como você pode ver, o público permanece sentado em torno de um sol que preside em sua plenitude o epicentro da mesa de conferência.
Esta é a fricção sol convexo do Opera House, uma vez que está localizado logo acima dele, filtrando os raios de luz natural no interior do auditório.
Do ponto de vista esotérico da Maçonaria os  raios filtrados da luz natural em um  quarto escuro, simbolicamente, reivindicam atenção para o maior poder que são os relógios, e neste caso significaria que as pessoas ainda estão entretidas na escuridão do mundo material (House of Opera), este maior poder de eleito decide seu futuro, o nosso futuro.

[Imagem: Piramide_Paz_05.jpg]



TERCEIRO NÍVEL

Este nível de aparência celeste é o mais importante espaço do edifício.
Apex é uma ponta em forma de pirâmide que é coroada por um trabalho de vitrais do artista Brian Clark . Esta janela de vitral ilumina uma sala de reuniões onde há outra mesa redonda, e importante! Fenestrada para distribuir a luz solar para os níveis mais baixos.
Maçonaria em tal intervenção arquitetônica esotérica, por sua localização estratégica e as características físicas, é apresentado como o olho que tudo vê, que seria o que acontece tanto na parte inferior e no exterior.
Este espaço é reservado para os líderes de uma religião particular?? Sem eufemismos: a Elite, ou o que significa o mesmo a partir do nível esotérico: a este nível, só permitiria que o Illuminati, aqueles acima ....
Este espaço está literalmente inundado pela luz do sol e, novamente, encontramos a imagem do sol, desta vez representado abstratamente no ápice da ponta.

[Imagem: Piramide_Paz_06.jpg]

Esta cobertura é a continuação da estrutura da construção de aço  da fachada do edifício e nesta área o gabinete é feito de vidro, em que estão desenhadas ilustrações de pombo retratando a vinda da paz após a reunificação das religiões e portanto, acrescentando também dos governos do mundo.

[Imagem: Piramide_Paz_07.jpg]

[Imagem: Piramide_Paz_09.jpg]


Comparação da Pirâmide da Paz com a parte de trás da nota de R $ 1.
O seu significado esotérico é como se segue:
A pirâmide cujo topo (Elite) é iluminada pelo olho da consciência (olho de Horus - Olho de RA), que vê tudo e domina uma base cega, feita de tijolos de granito idênticos (a população), uma pirâmide truncada, eles não se misturam com a pirâmide superior que abriga o olho iluminado, pois é separado (Elite - sociedade fechada) da truncada literalmente (de pessoas).
Lembre-se de como este edifício é construído, como eu mencionei no início do artigo:
"Basicamente peças iguais de granito incorporado em uma estrutura de metal. Embora o pico seja desmaterializado através da utilização de vidro. "
Não há coincidências. Ou sim, isso é uma arquitetura deliberadamente maçônica.


Fonte: www.antinovaordemmundial.com
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quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Cientistas Criticam Novo Relatório do IPCC/ONU Sobre Aquecimento Global


O relatório de aquecimento global das Nações Unidas veio sob o fogo, quando alguns cientistas argumentaram que os resultados foram politizadas.

O Painel Intergovernamental da ONU sobre Mudança Climática (IPCC) divulgou sem alarde o seu relatório integral sobre a situação do aquecimento global na semana passada, e os cientistas estão atacando o estudo por apresentar informação enganosa e por encobrir a ciência que estaria em conflito com a narrativa dominante: de que o aquecimento global é causado pelo homem e vai exigir reduções drásticas nas emissões de gases de efeito estufa.

O relatório do IPCC afirma que existe "95 por cento" de certeza sobre esses dois tópicos. Os cientistas críticos do relatório apontam que esse suposto aumento da certeza vem depois de um hiato de 15 anos no aquecimento global.

A revista alemã Der Spiegel relata: "Como a ciência pode ter certeza sobre o impacto do homem, quando ao longo dos últimos 15 anos os impactos naturais surpreendentemente pararam o aquecimento do ar" perguntou a climatologista Judith Curry do Instituto de Tecnologia da Georgia, presidente da Climate Forecast Applications Network.

Os cientistas tiveram dificuldade em explicar a falta de aquecimento significativo nos últimos 15 anos, com alguns argumentando que os oceanos têm absorvido a maior parte do dióxido de carbono emitido pela indústria humana. O relatório da ONU disse que foi um período muito curto de tempo para fazer qualquer juízo sobre isso.

"Uma velha regra diz que as tendências climáticas relevantes não devem ser calculadas para períodos de menos de cerca de 30 anos", disse o Dr. Thomas Stocker , da Universidade de Bern, e co-presidente do grupo de trabalho do IPCC que escreveu o relatório.

No entanto, a Der Spiegel destaca que o relatório da ONU, basicamente, ignora a falta de aquecimento , e de fato, o resumo do relatório dado aos decisores políticos mundiais não menciona a palavra "hiato".

"No resumo do relatório do IPCC , a palavra pausa, cientificamente 'hiato' , não é mencionada de forma alguma", de acordo com a publicação de notícias alemã. O resumo do relatório também não mencionou dúvidas sobre a conexão entre o aquecimento global e condições meteorológicas extremas, um ponto favorito dos políticos que buscam aumentar a conscientização sobre o problema.

Der Spiegel também observa que apenas 3 dos 114 modelos climáticos poderiam realmente reproduzir o lapso de 15 anos no aquecimento. Este fato foi totalmente omitido do que a ONU informou aos  formuladores de políticas e ao público.

"Este ponto deveria ter sido mais claramente enfatizado porque ressalta que os déficits importantes dos modelos climáticos ainda não são compreendidos", disse Eduardo Zorita , do Centro Helmholtz para Pesquisa Costeira.

O relatório climático do IPCC foi alvo de inúmeras pressões, inclusive pressões políticas para que os autores omitissem ou minimizassem o hiato de 15 anos no aquecimento para a administração Obama e os governos europeus.

"A Alemanha pediu para que a referência para a desaceleração fosse excluída, dizendo que um intervalo de tempo de 10-15 anos seria enganoso no contexto das mudanças climáticas, que é medido ao longo de décadas e séculos", informou a Associated Press. "Os EUA também pediu para que os autores incluissem a "hipótese principal" de que a redução do aquecimento está ligada a mais calor sendo transferido para o fundo do oceano."

Os governos estão preocupados que os "céticos climáticos" poderiam jogar com estes esses dados para descarrilar as negociações internacionais sobre o clima em 2015.

Veja ainda a discussão no Fórum Anti-NOM.

Fontes:
- Day Caller: Report: Top scientists call into question UN’s global warming study
- Der Spiegel: Widersprüchliche Prognosen: Forscher entdecken Unstimmigkeiten im Uno-Klimabericht
Fox News: Climategate II: leaked emails show struggle to deal with warming lull
Fonte: www.anovaordemmundial.com
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